Ataque em aeroporto no Afeganistão matou militares americanos, diz Pentágono
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quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Folhapress
São Paulo - O atentado a bomba que atingiu o Aeroporto Internacional de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta-feira (26) matou também militares americanos, que estão em retirada do país, confirmou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo a agência de notícias Reuters, há quatro militares dos EUA entre as vítimas. No total, o número de mortes pode chegar a até 20 pessoas, incluindo crianças, segundo o Talibã, que comanda a cidade.
Duas explosões atingiram os arredores do aeroporto, onde afegãos e ocidentais se concentram para tentar uma vaga na evacuação liderada pelos EUA do país sob o Talibã.
Uma delas ocorreu na principal entrada do terminal aéreo, o Abbey Gate, e outra próxima ao hotel Baron, nas imediações do aeroporto, ainda de acordo com o Pentágono. O governo americano afirmou que podem ocorrer novos ataques na região.
Ao menos 60 pessoas feridas foram atendidas em um hospital de Cabul. Civis afegãos, soldados talibãs e cinco militares americanos estão entre os atingidos - um dos soldados dos EUA ficou gravemente ferido, segundo autoridades do país. A embaixada do país em Cabul relatou ainda disparos com armas de fogo.
Os ataques ocorrem após a Casa Branca e seus aliados alertarem sobre riscos iminentes de atos terroristas da filial afegã do Estado Islâmico, adversária do Talibã, o que impactou o processo de retirada do país.
Autoridades americanas disseram à agência de notícias Associated Press acreditar que o grupo terrorista seja responsável pelo que foi descrito pelo Pentágono como "ataque complexo". O Talibã negou a autoria e afirmou que quem cuida da segurança da região são os americanos.
Na tarde desta quinta, um dos porta-vozes do grupo publicou comunicado no Twitter em que diz que "condena veementemente" o atentado, "ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança". O grupo disse ainda que "presta muita atenção à segurança e proteção de seu povo".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o que chamou de "ataque terrorista, que matou e feriu civis".