São Paulo - Ao menos dez pessoas foram baleadas e outras sete também ficaram feridas após um ataque a tiros em uma estação de metrô da região do Brooklyn, em Nova York, na manhã desta terça (12). Em entrevista coletiva, a governadora de Nova York, a democrata Kathy Hochul, afirmou que o incidente não está sendo investigado como ato terrorista e que o suspeito ainda não foi localizado. "A tranquilidade e a normalidade foram rompidas por um indivíduo frio, que não se importou com aqueles que agrediu."

Ainda assim, ressaltou ela, nenhum motivo pode ser descartado.De acordo com a comissária do Departamento de Polícia de Nova York, Keechant Sewell, cinco dos feridos estão em estado grave, mas estável. Nenhum deles corre risco de morte, acrescentou. A polícia busca um homem que estava usando máscara de gás e um colete verde de construção. O suspeito, segundo uma porta-voz da polícia, é um homem negro de cerca de 1,65 m de altura e 81 kg. Ele seria corpulento e estaria usando roupa azul escura semelhante à de um trabalhador de trânsito.

No início da noite desta terça, a polícia localizou no Brooklin uma van de uma empresa de mudanças com placas do Arizona que teria ligação com o caso. O suspeito, no entanto, não estava no veículo e segue foragido. Agentes foram chamados para atender uma ocorrência às 8h27, no horário local (9h27 em Brasília), ainda de acordo com a porta-voz. A máscara usada pelo suspeito se justifica porque, antes de atirar, ele utilizou uma bomba de fumaça - inicialmente, houve relatos de bombas no local, mas a polícia já afirmou, no Twitter, que não há explosivos ativos na cena do ataque. Agora, investigadores tentam determinar por qual razão os artefatos não foram detonados durante o episódio.

A corporação afirmou ainda que o suspeito teria atirado de dentro de um dos vagões do metrô. Vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros em pânico saindo do trem para a plataforma. Juliana Fonda, engenheira de transmissão da estação de rádio WNYC, disse ao site de notícias local Gothamist ter ouvidos tiros enquanto estava em um vagão próximo ao da ação. "A reação dos passageiros foi aterrorizante, porque eles estavam tentando entrar no nosso vagão devido a algo que estava acontecendo na parte de trás do trem", disse ela.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o governo irá continuar em contato com as autoridades de Nova York nas próximas horas e dias, conforme a investigação avança. "Não vamos desistir até descobrirmos e encontrarmos o autor [do ataque]."

O número de tiroteios na metrópole cresceu neste ano. Até 3 de abril, casos com tiros cresceram de 260 para 296 em comparação com o mesmo período de 2021, segundo o Departamento de Polícia. O aumento ocorre depois de a violência armada atingir mínimos históricos em 2018 e 2019, e a cidade ainda permanece mais segura do que em anos anteriores. Mas à medida que os nova-iorquinos voltam à vida após as paralisações que marcaram a pandemia de coronavírus, muitos acharam a cidade mais perigosa do que quando a crise sanitária varreu Nova York, em março de 2020.