Ariel Sharon faz discurso moderado
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quarta-feira, 07 de março de 2001
O líder da direita israelense, Ariel Sharon, prestou juramento ontem à noite como primeiro-ministro de Israel, seguido pelos 25 ministros que fazem parte de seu gabinete, por ordem alfabética. Eu, Ariel Sharon (...), juro fidelidade ao Estado de Israel e a suas leis e prometo cumprir minhas funções e aplicar as decisões da Knesset (Parlamento), declarou Sharon, transformando-se assim, oficialmente, no décimo primeiro premier do Estado hebreu. Sharon, de 73 anos, prestou juramento com a mão sobre a Torah. O novo premier e seu governo de união nacional foram aprovados nos cargos, pouco antes, pelo Knesset (Parlamento) por 72 votos contra 21. Não houve abstenções, já que os 27 deputados restantes não participaram da votação.
O governo de 26 ministros de Sharon inclui oito partidos que reúnem um total de 73 deputados dos 120 que compõem o Knesset.
Em seu discurso ante o Parlamento, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon omitiu o termo soberania israelense e a palavra unificada quando se referiu a Jerusalém, que, contudo, apareciam no texto distribuído à imprensa antes. Sharon também afirmou que não autorizará a construção de novas colônias judias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e que Jerusalém será a capital eterna do povo judeu.
Além disso, Sharon agradeceu aos trabalhistas por terem concordado em participar em seu governo de união nacional para tomar parte no combate pela segurança e pela paz, ante os deputados da Knesset (Parlamento).
Antes de sua posse, Sharon recordou que o restabelecimento da segurança é sua prioridade, afirmando que, para isso, a união nacional é indispensável.
Para que os cidadãos de Israel possam se sentir de novo em segurança é necessária a união nacional, afirmou Sharon ante o grupo parlamentar de seu partido, o Likud. Sharon considerou que a degradação da segurança constitui um perigo primordial para Israel.
Em Gaza, um representante palestino disse que o novo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, deve acabar com a ocupação dos territórios palestinos e a colonização se quer a paz. Ao comentar o discurso de posse de Sharon ante o Parlamento israelense, o ministro palestino da Informação, Yasser Abed Rabbo, estimou que o tom foi tranquilo, mas deu a entender a continuação da ocupação e da colonização. Queremos o fim da ocupação, de acordo com os princípios do processo de paz, assinalou o dirigente palestino.
