A opção de extradição
O Chile deveria pedir a Londres a extradição de Augusto Pinochet sem recorrer a ‘‘razões humanitárias’’ para conseguir sua liberação, disse ontem o promotor Carlos Castresana, que originou o processo aberto em 1996, em Madri, contra o ex-general chileno.
‘‘Para o Chile, uma saída jurídica razoável seria pedir, através de um juiz chileno, a extradição de Pinochet para julgá-lo, em Santiago, por seus crimes e não pedir a liberação por problemas de saúde’’, ressaltou.
‘‘Pessoas como Pinochet devem ser levadas a julgamento. Seja em Londres, Madri ou Santiago. É uma responsabilidade da comunidade internacional’’, afirmou, além de criticar como ‘‘inoportuna e política’’ a determinação britânica de negar a extradição do ex-general.
Se Pinochet regressar ao Chile, a Justiça espanhola pode manter aberto, em Madri, o processo e declarar o acusado ‘‘à revelia’’, caso que continuaria em vigor a ordem de busca e captura internacional do ex-general, anunciada em outubro de 1998 pelo juiz Baltasar Garzón, analisou.
Entre outras alternativas, a Espanha pode apresentar ao Chile uma petição judicial, em Santiago, ao invés de insistir em sua extradição, com base no conteúdo do processo em Madri, explicou. (AFP)

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