Imagem ilustrativa da imagem "Viagem" pelo corpo humano



O cenário é a Guerra Fria, em que Rússia e Estados Unidos também disputam avanços no campo da ciência. Um pesquisador descobre uma fórmula capaz de miniaturizar qualquer coisa. Após sofrer um atentado, a sua descoberta irá ajudá-lo a sobreviver: um grupo de cientistas norte-americanos resolve miniaturizar um submarino e entrar no corpo do pesquisador para tirá-lo do coma.

O filme "Viagem Fantástica" (Richard Fleischer), de 1966, fez muitos imaginarem como seria se, no futuro, as pessoas pudessem viajar pelo corpo humano. Ainda não foi possível chegar ao ponto de transformar seres humanos em miniaturas, mas tecnologias já permitem "inspecionar" o interior do corpo humano por meio de Realidade Virtual (RV) e assistir a procedimentos cirúrgicos em tempo real sob diversos pontos de vista, inclusive do instrumento utilizado pelo médico. As novas possibilidades beneficiam o aprendizado em cursos voltados à área de saúde.

Para a gestora educacional Nancy Ferreira, realidade virtual torna as aulas mais dinâmicas, interativas e com mais significado para os alunos
Para a gestora educacional Nancy Ferreira, realidade virtual torna as aulas mais dinâmicas, interativas e com mais significado para os alunos | Foto: Fotos: Gina Mardones



Em Londrina, o curso de Atendente de Farmácia do Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos) vai além das apostilas e do data show para ensinar anatomia e fisiologia humanas. A partir deste ano, os alunos utilizarão óculos de Realidade Virtual e simuladores 3D e em 360º para conhecer o corpo humano por dentro, passando por sete sistemas: circulatório, digestivo, tegumentar, urinário, nervoso, ósseo e respiratório. No simulador do sistema circulatório, por exemplo, o estudante faz uma "viagem" junto com os glóbulos vermelhos para descobrir qual o caminho feito pelo sangue pelo corpo humano.

Na área da saúde, óculos podem ser usados para conferir simulações da anatomia e fisiologia humanas
Na área da saúde, óculos podem ser usados para conferir simulações da anatomia e fisiologia humanas



Vivência
A tendência, segundo Nancy Ferreira, gestora educacional do Cebrac, é que os próximos cursos da franquia também comecem a utilizar o recurso da Realidade Virtual. Segundo ela, a franquia de cursos profissionalizantes decidiu usar a RV na sala de aula porque existem conteúdos dos cursos que é difícil ensinar se o aluno não visualizar e "experienciar". É o caso da anatomia e fisiologia humanas. "Era o que tínhamos maior dificuldade de fazer o aluno compreender. Como não temos laboratório de anatomia, a RV dá noção ao aluno de como seria como se ele estivesse estudando o corpo humano por dentro."

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"Tem coisas que só a tecnologia permite", continua a gestora educacional. Enquanto em um laboratório de anatomia o aluno estudaria o corpo humano de uma pessoa já sem vida, com a RV ele pode conferir simulações da anatomia e fisiologia humanas de uma pessoa viva.

Para Nancy, a RV torna as aulas mais dinâmicas, interativas e com mais significado para os alunos. O conteúdo é desenvolvido por uma empresa contratada pelo Cebrac com a supervisão de profissionais de saúde, que elaboram o roteiro e o script das animações em 3D e 360º.