Jogo evidencia a globalização
No torneio, os sete jogadores de uma equipe são designados para tabuleiros virtuais diferentes (no jogo para o qual este repórter foi selecionado, para se ter uma idéia, há um dinamarquês, um grego, uma francesa, um inglês e dois americanos). Cada jogo tem um moderador ou game-master próprio, que determina os prazos para as ordens, pune os que se atrasam e processa as ordens dos países.
Há uma conference board no site oficial com chats e resultados para cada uma das 79 partidas, onde rolam fofocas mil. Como este é o maior torneio virtual já realizado até hoje, há inclusive bolsas de apostas com favoritos e azarões - com (pelo menos oficialmente) dinheiro de mentira.
Os europeus e americanos são veteranos na coisa e há campeonatos mundiais do jogo de tabuleiro todos os anos. O deste ano foi em Namur, na Bélgica, e já estão marcados o de 2000, que acontece em Baltimore, nos EUA, e o de 2001, em Paris, na França. As torcidas para a escolha de cidade não devem nada às torcidas para a realização de Olimpíadas ou Copas do Mundo.
A fabricante do jogo, a Hasbro, está patrocinando o atual torneio. Os jogadores e times mais bem colocados receberão jogos analógicos e digitais de vários patrocinadores. Os sete primeiros (jogadores e países) ganharão também troféus. Dos 79 vencedores iniciais, 49 farão uma semifinal dividida em 7 jogos e, destes, os sete vencedores sairão para uma final em que, ao que tudo indica, o sangue jorrará...
A empolgação é tanta que a Hasbro já está anunciando o lançamento de um software off-line do Diplomacia. No Brasil, entretanto, alguns maníacos já se adiantaram a ela. O engenheiro químico Carlos Brito, por exemplo, criou um programa para uso pessoal que funciona com todas as variantes existentes, e disputa todas as suas partidas através dele.(Agêncio O Globo)