Entre os fabricantes de computadores, a Compaq é quem tem feito os maiores investimentos no País. Somente este ano, a previsão é que sejam investidos US$ 40 milhões. Há cerca de duas semanas, a empresa anunciou o início da produção de notebooks em sua fábrica em Jaguariúna (SP). Para tanto, foi necessário a construção de uma nova linha de montagem, que exigiu investimentos de US$ 5 milhões.
Atualmente, é a única empresa a montar notebooks no País em regime de CKD (com fabricação de placas) e com os benefícios do PPB (Processo Produtivo Básico), com isenção de IPI e diminuição de ICMS (de 12% para 7%). Na média, o Imposto de Importação também cai, já que a empresa pagará somente por componentes que irá importar. Com essa iniciativa, espera-se que outros fabricantes de notebooks passem a montar seus produtos no País. Duas empresas já anunciaram essa intenção: a Toshiba (na fábrica da Lince em São Paulo) e a Zenith (na fábrica da ABC Algar em Contagem-MG).
Outra que decidiu este ano apostar mais alto no País foi a Acer. A empresa está presente no mercado nacional desde 92, inicialmente com uma joint venture com a distribuidora ACBr. Este ano, a gigante de Taiwan resolveu fincar os dois pés no Brasil e comprou a parte da ACBr no negócio. A criação da Acer do Brasil está consumindo investimentos de US$ 20 milhões. Desse montante, US$ 13,1 milhões já foram gastos para a compra da distribuidora.
A fabricante de impressoras Epson também está prestes a anunciar a construção de uma fábrica no País. ‘‘Estamos amarrando os últimos detalhes e em breve poderemos falar sobre localização, capacidade produtiva e investimentos necessários’’, diz Wang Chi Hsin, presidente da subsidiária brasileira.
No segmento de monitores, a coreana LG Eletronics afirma que irá investir US$ 1,1 bilhão no País até 2005. A empresa diz ter gasto US$ 100 milhões em uma fábrica de monitores em Taubaté (SP), que já está entregando ao mercado 30 mil unidades ao mês.