Com preço menos salgado, o notebook seduz cada vez mais usuários por oferecer alto poder de processamento, boa qualidade gráfica e ocupar pouco espaço
Eles ainda não são baratos, mas estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Afinal, num mundo agitado como o nosso, não dá para ficar muito tempo parado em casa, em frente àquele desktop cada vez mais parrudo e incômodo. E nem sempre é possível usar micrinhos de mão ou celulares para resolver todos os complicados problemas que se apresentam no trabalho. É preciso ter uma máquina com alto poder de processamento, boa qualidade gráfica, que ocupe pouco espaço e, acima de tudo, seja portátil. E aí o notebook reina sozinho.
Entretanto, a arquitetura de um bichinho desses nada tem de simples. Os projetistas quebram a cuca para fazer os chips funcionarem melhor dentro de um espaço tão exíguo, por exemplo, ou incrementar a qualidade do display. Aliando isso à conectividade e ao mundo wireless, já se vislumbra a chegada de uma geração de laptops que só falta falar.
Mas comecemos pelo básico: quais as grandes preocupações de um usuário de notebook? Primeira: impactos indesejados. Fabricantes como Dell e Semp Toshiba têm soluções diferentes para esta eventualidade.
Para Walter Merege, gerente de tecnologia da Semp Toshiba, uma solução contra as batidas está no próprio material de que o notebook é feito. ‘‘A distância entre os componentes é mínima dentro de um notebook, ainda mais numa linha como a nossa Portégé, mais fina e susceptível a batidas’’, comenta. ‘‘Por isso, usamos uma liga de magnésio no gabinete, que é quatro vezes mais resistente do que o plástico ABF tradicional.’’
Essa carcaça de magnésio também está presente na linha Tecra. Outra coisa: em vez de uma série de controladores ao lado e de cabos atrás, o vídeo tem os contatos internos, embutidos na parte de trás da tela de cristal líquido, o que reduz as chances de mau contato ou desconexões súbitas.
Já Gustavo Brant, gerente de produto de notebooks da Dell, aposta numa outra solução, ainda que usando o mesmo elemento químico. ‘‘Nós usamos uma espécie de bolha de magnésio situada sob o disco rígido, capaz de absorver batidas e vibrações.’’
Já a linha Thinkpad da IBM tem modelos com tampa e fundo reforçados por um composto de titânio, leve e resistente, justamente com esse fim, explica Adriana Gibrail, gerente de notebooks.