Fachin autoriza inquéritos contra Marun e sete congressistas
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sábado, 08 de setembro de 2018
Folhapress
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de três inquéritos para investigar o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), e sete congressistas por envolvimento num suposto esquema de fraudes na liberação de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho. O caso foi investigado na Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal).
Um dos inquéritos visa apurar se Marun cometeu os crimes de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, a pedido do ministro, servidores do ministério atropelavam exigências legais e fabricavam pareceres fraudulentos para favorecer sindicatos do Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral. Em troca, as entidades dariam apoio político a ele.
Além de Marun, também será investigada sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, por meio da qual o ministro encaminhava demandas à pasta. Em nota, Marun se disse tranquilo quanto ao inquérito, pois "nada deve e, portanto, nada teme".
Num segundo inquérito autorizado por Fachin, serão investigados por possível corrupção passiva e lavagem de dinheiro os deputados José Wilson Santiago Filho (PTB-PB), Jovair Arantes (PTB-GO), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Paulo Pereira da Silva (SD-SP) e Nelson Marquezelli (PTB-SP).
Eles já haviam sido denunciados por organização criminosa no fim de agosto.
O terceiro inquérito, também sobre corrupção passiva e lavagem, mira os senadores Dalírio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT). Os sete congressistas são suspeitos de requerer facilidades para sindicatos, em troca de vantagens indevidas na forma de dinheiro ou apoio político. Todos eles negam ilicitudes.