Ministro de Temer foi denunciado na Operação Registro Espúrio, que investiga desvios no Ministério do Trabalho
Ministro de Temer foi denunciado na Operação Registro Espúrio, que investiga desvios no Ministério do Trabalho | Foto: Clauber Cleber Caetano/PR



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de três inquéritos para investigar o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), e sete congressistas por envolvimento num suposto esquema de fraudes na liberação de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho. O caso foi investigado na Operação Registro Espúrio, da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal).

Um dos inquéritos visa apurar se Marun cometeu os crimes de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, a pedido do ministro, servidores do ministério atropelavam exigências legais e fabricavam pareceres fraudulentos para favorecer sindicatos do Mato Grosso do Sul, seu reduto eleitoral. Em troca, as entidades dariam apoio político a ele.

Além de Marun, também será investigada sua chefe de gabinete, Vivianne Lorenna de Melo, por meio da qual o ministro encaminhava demandas à pasta. Em nota, Marun se disse tranquilo quanto ao inquérito, pois "nada deve e, portanto, nada teme".
Num segundo inquérito autorizado por Fachin, serão investigados por possível corrupção passiva e lavagem de dinheiro os deputados José Wilson Santiago Filho (PTB-PB), Jovair Arantes (PTB-GO), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Paulo Pereira da Silva (SD-SP) e Nelson Marquezelli (PTB-SP).

Eles já haviam sido denunciados por organização criminosa no fim de agosto.
O terceiro inquérito, também sobre corrupção passiva e lavagem, mira os senadores Dalírio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT). Os sete congressistas são suspeitos de requerer facilidades para sindicatos, em troca de vantagens indevidas na forma de dinheiro ou apoio político. Todos eles negam ilicitudes.