Quando beber vinho português use um copo português. O legítimo bacalhau português fica mais saboroso numa mesa arrumada com toalha, porcelanas, talheres, guardanapos, velas, castiçais e copos, tudo português. Queijos, frios e embutidos, chocolates e vinhos, complementam a mesa de um excelente jantar lusitano.
A Mostra de Produtos Portugueses dos setores Alimentícios e de Decoração, realizada semana passada (dias 17 e 18 de novembro) em Curitiba, apresentou os produtos de dez empresas portuguesas. O evento foi promovido pela Associação Industrial Portuense e pela Câmara de Comércio e Indústria de Portugal.
Os representantes das fábricas de além-mar vieram com a estratégia de ampliar o comércio com o Brasil e, buscam dessa forma, tornar seus produtos mais conhecidos de um público considerado consumidor potencial. A mostra já esteve no Rio Grande do Sul e em Santa Catariana.
Assim que as empresas portuguesas começaram a atender os empresários curitibanos, já alguns produtos puderam ser encontrados nas prateleiras dos principais supermercados, Em exemplo são as amêndoas e avelãs Jubileu cobertas com chocolate, importadas pela C.L.Gusso.
De acordo com Francisco Jaime Quesado, diretor da área internacional da Associação industrial Portuenes, as grandes importadoras estão concentradas no Rio de Janeiro e São Paulo, ‘‘mas vemos no Sul do Brasil, um mercado em potencial. Aqui há predominância de produtos alemães e italianos. Percebemos uma certa desinformação sobre a indústria portuguesa por isso viemos mostrar que nossa mercadoria é de excelente qualidade com preços competitivos’’, sustenta.
Além da estrutura de produção moderna, os portugueses garantem que seus produtos estão conectados aos hábitos de consumo dos paranaeses. Quesado garante que a mostra em Curitiba foi apenas a primeira abordagem, um ponto de partida. ‘‘A indústria portuguesa pretende investir no mercado do Sul do Brasil com mais frequência’’, garante.
A representante da Marividros - Produção de Vidros, Lda Darlene Andrade, as maiores dificuldades para as exportações são as altas taxas de juros. ‘‘Às vezes as mercadorias estão em alto-mar quando mudam a política de exportação. Isso dificulta muito’’, reconhece. A Marividros expôs peças de vidro soprado, bomboniSres, castiçais, vasos, mangas entre outros objetos de decoração. O preço FOB de meia dúzia de copos fica entre R$ 12,00 e R$ 37,00. ‘‘Os impostos mais a margem de lucro chegam a aumentar esses valores em 70%.’’
Percorreram os três estados do Sul as seguintes empresas portuguesas: Caves Dom Teodósio, S.A. (vinhos, espumantes, aguardente e vinho do Porto); Imperial - Produtos Alimentares, S.A (tabletes de chocolates, amêndoas e avelãs cobertas de chocolate, pastilhas de chocolate, Toffees, figuras de chocolate e produtos de culinária); Indústrias de Carnes Nobres, S.A. (fiambre perna, chouriço, presunto, salsichas, farinheiro, morcela, refeições pré-cozidas); Manuel Serra S.A. (azeite); Queijo Saloio - Ind.d e Lacticínios, S.A. (queijo regional mistura, queijo de cabra puro, queijo de ovelha curado, queijo fresco e requeijões); Real Campanhia Velha / Real Vinícola (vinhos do Porto, de mesa, espumantes e aguardente); Coelima Indústrias Têxteis, S.A. (tecido a metro, lençóis, sacos, capas, fronhas, cortinas, toalhas); Cutelaria Machado & Cia, Lda. (cutelaria de mesa); Faiart, Faianças e Porcelanas, S.A. (louças domésticas e utilitárias, louças decorativas) e; Marividros - Produção de Vidros, Lda. (mSnage e decoração, copos).Marcelo AlmeidaBela mostraDa toalha ao vinho, tudo é lusitano nessa mesaElisa Marilia Carneiro