Com a chegada da primavera, pragas como cupins, formigas, baratas, moscas e pernilongos se manifestam com mais intensidade nos condomínios, explica o biólogo membro da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, Randy Baldresca.

Para ele, a melhor forma de fazer o controle efetivo dessas pragas é primeiro realizar uma inspeção nos prédios. Assim, é possível detectar quais animais infestam o condomínio e qual o nível de cada infestação. "Depois da inspeção, eu sugiro que seja feito um monitoramento mensal, pois as áreas verdes e o entorno dos edifícios podem atrair mais animais", defende.

Seja qual frequência de controle de pragas for definida pelo síndico, ele deve ser feito obrigatoriamente nas áreas comuns pelo menos duas vezes por ano. Também é aconselhado que os condôminos realizem uma dedetização dentro de suas próprias unidades. "Nesses casos, os moradores devem sair do apartamento, levando também os animais domésticos", diz o gerente operacional da dedetizadora Sakura, Charles dos Santos Souza.

Não é necessário, no entanto, que as áreas comuns do prédio sejam isoladas. "O mais importante é fazer uma limpeza bem rigorosa depois de 48 horas do controle", afirma Souza.

Ainda que esteja ciente das recomendações, o síndico Orlando José, 52 anos, prefere pedir aos moradores que evitem as áreas comuns durante a dedetização. "A gente se preocupa principalmente com as crianças e os animais andando sozinhos, é preciso ter muito cuidado", afirma.

Ele explica que o gasto com o controle é aprovado na primeira assembleia do ano e está dentro da previsão orçamentária, junto ao da limpeza de caixa-d'água e outras atividades básicas de manutenção. Se o síndico não realizar a dedetização e uma praga prejudicar algum morador, o condomínio pode sofrer implicações jurídicas.