Gostar de ler é um prazer a mais na vida. Mas mesmo quem não tem afinidade com o mundo das letras tem pelo menos dois pontos em comum com os amantes da literatura. Ninguém passa sem acumular alguns exemplares, sejam eles sobre assuntos técnicos ou de lazer (policiais, romances, ficção, etc.).
A ‘coleção’ começa na escola e continua ao longo dos anos. É praticamente inevitável chegar a maturidade sem um número considerável deles. Aparece então o segundo ponto em comum. Dificuldade para acomodá-los. E quanto maior for o número de volumes, maior parece ser o problema.
Fazer uma limpeza e uma doação para escolas ou bibliotecas é uma excelente idéia e vai ajudar. Mas, não se iluda: não vai resolver o problema. O mais provável é que, depois de separados os que serão doados, você descubra que ainda sobraram muitos.
Muitos livros acabam estabelecendo um laço afetivo com seus proprietários. Ou vice-versa. Mesmo entre os mais despojados e desinteressados há uma certa relutância em se desfazer de alguns títulos. Por motivos pessoais, há sempre aqueles que marcam um momento especial da nossa vida. Ou então cativaram tanto com seu enredo que ‘vez ou outra’ queremos poder lê-los novamente.
O que fazer? A primeira coisa é despir todo tipo de preconceito.‘‘Os livros são naturalmente bonitos, e ficam bem em qualquer ambiente’’, afirma o arquiteto Marcelo Melhado. Podem ficar na sala de refeições, no living, no corredor, no quarto das crianças ou do casal. O efeito, garante, sempre será agradável.
O arquiteto explica que além da estética, os livros são um item que ajuda a personalizar o ambiente porque dão indícios da forma de pensar de seus donos. ‘‘Não vale comprar os livros só para fazer pose’’, aconselha. Eles só são válidos quando estão sendo usados e é fácil perceber quando não passam de enfeite. Por isto evite pagar este ‘‘mico’’.
Concentrar o acervo de livros em um único lugar, criando um espaço para a leitura é a primeira solução que vem à mente. Mas nem sempre responde às necessidades do dia-a-dia. É perfeita para aqueles livros de consulta esporádica ou já lidos, mas não é prática para os títulos que consultamos com frequência.
O arquiteto aconselha integrar o sistema da ‘‘biblioteca’’ com o de estantes e prateleiras. Estas últimas podem ser usadas em números variados e distribuídas nos principais lugares da casa. Deste jeito, diz, os livros ficam organizados e em ordem. Os que estão sendo usados ganham um lugar acessível e ficam fáceis de serem achados.