Mãos à obra
PUBLICAÇÃO
sábado, 10 de março de 2001
- Proporção
O tamanho do arranjo deve respeitar o tamanho da mesa. Como a proposta é enfeitar diariamente o momento de refeição, os menores são sempre os mais indicados. Evite arranjos muito altos, principalmente se pretende colocá-los perto ou no centro da mesa. Eles atrapalham o contato visual e a conversa, além de dificultar o movimento das travessas.
- Bases
Qualquer material pode ser aproveitado como base, mas quem não quer errar deve apostar no vidro. Todo vidro, até os de potes de maionese, tem a seu favor a transparência e não compromete o arranjo. Porém, exige um cuidado especial na limpeza dos caules porque eles ficam à vista.
- Mistura
A profusão de tonalidades e variedades de cores deixa qualquer um enlouquecido. Mas o segredo para um arranjo bonito é usar no máximo três cores ou tons diferentes. O tom sobre tom é sempre elegante. Quando a idéia é fazer um arranjo de apenas uma cor, uma boa sugestão é usar flores de qualidades diferentes. Este truque dá movimento e graça ao arranjo.
- As flores
Não use flores com perfumes muito intensos porque eles podem interferir no prazer da refeição. Escolha espécies mais resistes. O arranjo vai estar próximo a pratos quentes e o calor diminue a vida útil da flor. Flores do campo, rosas, gérberas, cravo e a estrelícia são alguns exemplos que podem ser usados em pequena quantidade e com ótimo efeito. A gérbera é uma flor fantástica e resistente, mas se optar por ela exija que venha com o cabo aramado. Seu caule é mole e, sem o arame, a flor verga, ficando virada para baixo.
A variedade de flores de corte e em vasos e a disponibilidade de cores e tons é tão grande que, querendo, é possível passar o ano todo sem repetir o mesmo arranjo.
Vasos pequenos de flores como violetas, mini-violetas, mini-begônias e cactus também são uma boa opção. Colocados em cachepôs eles fazem bonito e, depois da refeição podem enfeitar outros cantos da casa.
- Variações
Arranjos de mesa para refeições precisam ser mudados com mais frequência que os demais. O ideal é mudar o visual a cada dois dias pelo menos. Isto não significa comprar flores novas, mas apenas dispor o que se tem em novas composições.
Trocar a base é um dos recursos mais eficiente para dar uma cara ao arranjo. Cada base exige uma disposição diferente das flores, o que acentua a mudança do visual.
Use o que tem em casa. Folhagens variadas, cebolinha, erva doce e até frutas podem ajudar a renovar seu arranjo. Tome apenas o cuidado de não escolher espécies que murcham rapidamente para dar mais durabilidade ao seu trabalho.
Murta, buchinha, hera, clefera são mais alguns exemplos de folhagens fáceis de encontrar em jardins.
Velas e flores são ótimas parceiras. Dão um ar exótico ao arranjo mesmo quando estão apagadas. Podem ser acesas para uma refeição especial ou em um jantar de inverno.
Já gastou todo o repertório para as flores que tem? Ótimo, então use o sistema do arranjo flutuante. Fica lindo. Mas deve ficar por último porque exige que o caule fique curtíssimo o que inviabiliza a utilização da flor para outras composições.
Nem a preguiça absoluta justifica ficar sem ter o prazer de ter flores à mesa das refeições. Compre vasinhos de flores de cores variadas, aos pares ou trios de cada espécie. Espalhe pela casa e a cada dia escolha um ou dois para a sua mesa. Mais fácil, impossível.
