Para fortalecer os laços entre os moradores e estimular a política da boa vizinhança, alguns condomínios organizam festas coletivas e confraternizações neste final de ano. Em Diadema (SP) , por exemplo, onde Eduardo Silva trabalha como síndico, anualmente é realizada uma festa para os moradores com música ao vivo, brinquedos para as crianças e opções de comida. "O nosso prédio é gigante, são dez torres e 5.000 pessoas. Esses eventos melhoram muito o diálogo e a resolução de problemas", diz. Além disso, também são realizados no prédio bazares, festa junina, comemorações de Carnaval, festa das crianças, Halloween e feira estudantil.

"A gente percebe que as pessoas ficam mais unidas nessas atividades", diz o síndico. Para evitar brigas entre os moradores quanto a reserva do salão de festas, os eventos costumam ser feitos no condomínio de Silva durante a semana, deixando o sábado e o domingo livres para os condôminos. Na hora de organizar essas atividades, o especialista em direito imobiliário José Roberto Graiche, presidente do Grupo Graiche de Condomínios, defende que é importante aprovar a realização prévia em assembleia. "Essas festas são supersaudáveis, mas é necessário ter certeza de que todos os moradores estão de acordo e de que elas respeitam a convenção e o regimento interno do prédio", diz.

Já quando se trata de bazares e outras feiras, o advogado Alexandre Berthe aponta que ou o lucro deve ser dividido igualmente entre os moradores, ou todos os condôminos devem ter a mesma chance de expor seus produtos, mas tudo dentro das regras do condomínio. "Porém, é preciso tomar cuidado para não virar uma atividade comercial e descaracterizar o condomínio. Esses eventos de venda devem ser feitos apenas esporadicamente."