No Brasil, até pouco tempo atrás, o aço era utilizado principalmente em grandes obras industriais. Entretanto, com o passar dos anos, esse material passou a ser adotado em vários outros setores. São muitos os tipos de aço assim como suas aplicações.
No caso do aço inoxidável, o que apresenta maior variedade de uso é o 304. Dele são feitos utensílios domésticos de toda natureza e também eletrodomésticos. Na construção civil é usado em elevadores e revestimentos internos e externos de edifícios. E na indústria é utilizado em setores diversos, de alimentação - açúcar, sucos, cerveja, vinho e leite - ao químico, farmacêutico, aeronáutico e derivados de petróleo.
Ainda assim, no Brasil, o consumo anual do aço inox é pequeno - apenas 1,2 quilo por pessoa - comparado à média mundial que é de 10 quilos. Na Itália, segundo dados do Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável (Núcleo Inox) a média é de 22 quilos per capita.
Atualmente, a produção brasileira de aço é estimada em aproximadamente 440 mil toneladas por ano, sendo metade para exportação. Do produto que fica no Brasil, menos de 1% tem como destino a construção civil.
''Há um certo desconhecimento sobre as utilidades do aço, talvez por isso o produto seja tão pouco utilizado'', observou Arturo Chao Maceiras, diretor executivo do Núcleo Inox. Ele participou semana passada em Londrina e Maringá de palestras organizadas em conjunto com a empresa Jatinox-Distribuidora Nacional de Aços Inoxidáveis, para divulgar as propriedades e aplicações do material.
''Promovemos frequentemente palestras e eventos do gênero para ampliar o conhecimento tanto dos profissionais que fazem uso do aço, quanto dos fabricantes que utilizam o material'', enfatizou Maceiras. Segundo ele, o Núcleo, que tem como meta divulgar a correta utilização do aço inoxidável e insumos, assim como as aplicações do material, vem tentando aumentar o consumo do produto, principalmente na área de construção.
O diretor do Núcleo destaca como característica principal a durabilidade do produto. Além disso, as edificações que são revestidas com aço inoxidável não precisam receber pintura e os efeitos estéticos são bastantes diversificados, comenta. A facilidade de limpeza também merece ser ressaltada.
Para o coordenador de desenvolvimento e mercado da Jatinox, N.R. Brito, a escolha das cidades no Paraná para a realização das palestras, principalmente Londrina, foi estratégica. Segundo ele, o mercado da região é bastante promissor e conta com mais de 80 fábricas que utilizam o material. Ao promover os eventos em Londrina e Maringá, a empresa também tinha o objetivo de consolidar a presença da Jatinox no Estado, uma vez que há um ano foi inaugurada uma filial em Curitiba.