Jerusalém, 7 (AE-AP) - Era um Boris Yeltsin diferente - desligado, às vezes triste, mas ainda um homem que aparentava ter superado a nostagia pelos tempos de glória da presidência em seu debut como cidadão comum.
Não que Yeltsin tenha tentado esquecer seu passado.
O terceiro dia de visita à Terra Santa, que terminou hoje (7), foi a principal aparição pública de Yeltsin desde sua repentina renúncia.
Todas as honras concedidas a um presidente foram dadas a Yeltsin durante sua passagem por Israel e pelas áreas sob o controle palestino. A multidão em torno dele parecia não se dar conta do fato de que Yeltsin não é mais o dirigente da Rússia.
Ele chegou com uma comitiva de 180 pessoas, incluindo familiares, oficiais do governo, médico, uma equipe da imprensa do Kremlin e seguranças.
Às vezes, Yeltsin parecia estar se divertindo, fazia piadas, mas sempre estava cercado por uma aura de tristeza, seus pensamentos pareciam estar longe dali. Nesta viagem, lembrou o Yeltsin de 1991, movendo-se lentamente e seu rosto esboçando um leve sorriso.
Yeltsin teve encontros com o presidente israelense, Ezer Weizman e outros oficiais incluindo líderes de igrejas ortodoxas que foram à Terra Santa para a celebração do natal ortodoxo.