O vereador de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), Paulo César de Araújo (DEM), conhecido como Pastor do Mercado, foi preso na segunda-feira (31) acusado de agredir três mulheres. Entre as vítimas está uma idosa de 62 anos, que teria sofrido várias lesões no braço e precisou passar por cirurgia.

Imagem ilustrativa da imagem Vereador de Arapongas é preso acusado de agredir três mulheres
| Foto: Gustavo Carneio/Folha de Londrina

As denúncias estão sendo apuradas pela Polícia Civil, que cumpriu o mandado de prisão contra o vereador. A polícia investiga a motivação das agressões e o relacionamento do parlamentar com as vítimas. O processo corre em segredo de justiça.

Uma das mulheres agredidas é a esteticista Angela Marcela Berbert, 45 anos. Em entrevista à FOLHA, relatou que sofreu um soco no rosto durante um churrasco no dia 3 de junho do ano passado. "Tínhamos amigos e conhecidos em comum, mas nunca tive nenhum relacionamento com o vereador. Estava no churrasco com uma amiga, que já tinha se relacionado com ele. Não sei por qual motivo começou a nos agredir verbalmente", contou. "Pedi para que ele parasse com as agressões e me distanciei dele. Ele veio atrás de mim e me deu um soco. Tive uma fratura de nariz e ainda tenho sequelas até hoje".

Berbert registrou um boletim de ocorrência no dia da agressão e acionou criminalmente o parlamentar na justiça. O processo ainda está em andamento. A FOLHA entrou em contato com a defesa do vereador, mas não obteve retorno.

Política

Pastor do Mercado está no seu segundo mandato como vereador de Arapongas. Na última eleição, foi o quinto mais votado com 978 votos. A Câmara Municipal ainda avalia quais os procedimentos serão tomados após a prisão do parlamentar. De acordo com o presidente do legislativo, Rubens Franzin Manoel (DEM), os vereadores não vão tolerar este tipo de atitude por parte dos seus pares.

"Estamos nos reunindo com o nosso jurídico e buscando mais informações para ver realmente o que cabe à Câmara nesta situação. Mas posso garantir que nenhum vereador vai tolerar isso em hipótese alguma porque ninguém tem o direito de agredir ninguém. Não vamos ser coniventes com isso".

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