A declaração foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, minutos após a chegada das doses da Coronavac no Aeroporto Governador José Richa, em Londrina. Segundo o secretário, a expectativa é aplicar 4 milhões de doses até o mês de maio na população que faz parte do público-alvo como profissionais da saúde, idosos em instituições de longa permanência e indígenas do Paraná. “Vamos vacinar 8 milhões de paranaenses neste ano”, afirmou.

Imagem ilustrativa da imagem ‘Vencemos algumas batalhas, mas a guerra não está vencida’, afirma Beto Preto
| Foto: Isaac Fontana/Framephoto/Folhapress

O secretário comemorou o repasse das doses para a 17ª Regional de Saúde de Londrina e municípios da região. Segundo ele, a quantidade repassada para cada uma das cidades foi definida seguindo critérios populacionais e equipes estratégicas da saúde que atuam na linha de frente.

“Insistimos no Programa Nacional de Imunizações. Não pode ter um município que tenha condições de vacina e outro que não tenha. Tem que ter vacinas para todos os 399 municípios do Paraná, de maneira igualitária começando hoje pelos profissionais de saúde”, ressaltou.

“Quero fazer uma referência aos 9 mil paranaenses que perderam a vida. Mais uma vez quero registrar os meus sentimentos às famílias dos paranaenses; aqueles que se recuperaram, mas ainda têm sequelas e, principalmente, aos profissionais da saúde que não pararam de trabalhar”, completou.

De acordo com Beto Preto, há recursos reservados para a compra de doses, caso seja necessário. Ele não mencionou valores. No entanto, frisou que o Paraná segue o Programa Nacional de Imunizações “isonômico e igualitário” para todo o país.

Com o início da imunização, o secretário espera uma redução na quantidade de casos graves de Covid-19. “Quando o quadro da doença se instalar, eventualmente ela vai se comportar como um resfriado, uma gripe de pequena intensidade”, explicou.

Apesar de celebrar o repasse das doses às regionais de saúde, Beto Preto fez questão de reforçar a necessidade de cuidados básicos para prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

“A vacina não pode significar um álibi para não ter os cuidados. Vamos continuar mantendo todos os esforços, falando desse assunto porque é importante o cuidado com o distanciamento social, com a lavagem das mãos. Isso tudo não acabou ainda. Vencemos algumas batalhas, mas a guerra não está vencida. São 500 mil paranaenses registrados oficialmente como doentes ao longo do tempo e 9 mil óbitos. Como disse o governador, muitas vezes, isso não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona longa, dura, difícil, mas estamos tratando de chegar no fim dela”, concluiu.

Conforme Beto Preto, o lote da segunda dose de vacinas deve ser encaminhado aos municípios daqui a duas semanas. De Londrina, o secretário seguiu para Maringá e Cascavel para dar continuidade à distribuição das doses.