A Prefeitura de Cascavel (Oeste) precisou descartar 47 frascos de vacina contra a Covid-19 do laboratório Pfizer/Biontech. Os frascos renderiam 282 doses da vacina e foram descartados, porque ficaram três dias fora da geladeira. De acordo com o secretário de Saúde, Miroslau Bailak, foram 47 frascos de 3 ml da vacina Comirnaty. O fato ocorreu no dia 18 de junho, mas a orientação para o descarte ocorreu na última quinta-feira (22).

A Prefeitura de Cascavel (Oeste) precisou descartar 47 frascos de vacina contra a Covid-19 do laboratório Pfizer /Biontech.
A Prefeitura de Cascavel (Oeste) precisou descartar 47 frascos de vacina contra a Covid-19 do laboratório Pfizer /Biontech. | Foto: Américo Antonio/AEN

Ele explicou que as vacinas são encaminhadas pela manhã para 42 postos de vacinação e ficam na geladeira da unidade. À noite, por segurança, o que sobra de vacina retorna à geladeira da central de imunização. "Uma funcionária que fazia esse trabalho trouxe as doses remanescentes para colocar na geladeira e duas caixas ficaram dentro da caixa térmica utilizada no transporte", apontou. "A explicação dela é que alguém compareceu e desviou a atenção dela enquanto realizava o trabalho e ela teve a impressão de que tinha terminado de guardar todas as vacinas. Ela encerrou o expediente dela e foi embora para casa." As doses foram recebidas no dia 18 de junho e foram encontradas fora da geladeira no dia 21 do mesmo mês. "Isso foi na sexta-feira e, quando ela retornou na segunda-feira, viu o que tinha acontecido e avisou a coordenadora imediatamente", expôs Bailak.

"A coordenadora me avisou e eu avisei a Regional de Saúde. A Secretaria de Estado da Saúde foi informada e entrou em contato com o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, pedindo a orientação sobre como proceder. A primeira orientação foi para deixar essas vacinas na geladeira em quarentena. Elas foram lacradas e permaneceram na geladeira até que fosse decidido o que fazer. O Ministério encaminhou a demanda para a Pfizer, que determinou que elas fossem descartadas, já que as vacinas perderam a eficácia."

Questionado se haveria uma punição à funcionária, ele disse que ela foi orientada. "Nós achamos por bem chamar a atenção dela. A conclusão é de que essa servidora avisou imediatamente. Houve uma falha, mas não de má fé, porque se ela não quisesse falar, poderia mentir e o fato seria mais grave . Ela foi consciente o suficiente.", argumentou.

Ele explicou que o episódio mudou o processo de trabalho. "Agora são três pessoas responsáveis pela retirada e pela guarda dessa medicação para que não aconteça nunca mais esse tipo de esquecimento. E haverá toda uma documentação própria para isso. A partir de agora não vai mais acontecer ", declarou o secretário.

SESA

Conforme a Sesa, a orientação do Ministério da Saúde é de que não haja reposição de doses. "Considerando que a reserva técnica de 10% do quantitativo (conforme diretrizes da CGPNI) é enviada aos municípios para suprir qualquer intercorrência com frascos e doses."

"A Secretaria repassa aos municípios as orientações do Ministério da Saúde por meio dos informes técnicos, onde o PNI orienta o tipo de armazenamento que cada dose deve ser submetida, de acordo com seu fabricante."

A nota da pasta explica que o Governo do Estado continuará destinando doses a todos os municípios, para cumprir com o cronograma e vacinar 100% da população adulta com ao menos uma dose até setembro.

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