Mais de 28 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo que deve ser imunizado contra a gripe ainda não receberam as doses da vacina. O balanço nacional fez com que o Ministério da Saúde prorrogasse a campanha até o dia 30 de junho.

Nos grupos prioritários, a meta de imunização foi atingida entre os idosos e os trabalhadores na área da saúde. Porém, a procura é baixa considerando crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes e mulheres no período de até 45 dias após o parto. Adultos com idade entre 55 e 59 anos, professores e pessoas com deficiência também devem ser imunizados nesta etapa.

Em Londrina, mesmo com a possibilidade de agendamento de horário para evitar aglomerações e espera, poucas pessoas procuraram as unidades de saúde. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, apenas 10 mil doses foram aplicadas em crianças na faixa etária priorizada pela campanha. A meta a ser atingida pelo município está em torno de 36 mil doses.

“Neste sábado (30), a ideia original era só vacinar crianças. Eram 200 vagas para cada unidade de saúde que está aberta exclusivamente para a campanha. No entanto, a gente teve que mudar e abrir também para a vacinação dos adultos porque, até quinta-feira pela manhã, algumas unidades estavam sem agendamento”, explicou.

Diante das dificuldades, o município analisa outras estratégias para conseguir aplicar as doses. Para Fernandes, o medo de infecção pelo novo coronavírus não deve estar entre os motivos para a baixa adesão à campanha.

“Se o medo é esse, não deveria ser porque é com horário agendado, sem tumulto. A gente adotou o agendamento para que as pessoas não façam a procura direta e não causem aglomeração”, reforçou. O agendamento pode ser feito em contato com as unidades de saúde.

Como os sintomas de influenza e da Covid-19 são semelhantes, a vacina auxilia os profissionais da saúde no momento do diagnóstico das doenças e evita que mais pessoas procurem as unidades de atendimento.

De acordo com o Ministério da Saúde, 50 milhões de doses foram aplicadas. Até o dia 23 de maio foram registrados 1.483 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) hospitalizados por influenza. Ao todo, 205 pessoas morreram.