O imunizante contra a dengue já está sendo comercializado em clínicas privadas de vacinação e em redes de farmácias de Londrina. A reportagem consultou a disponibilidade e os valores em cinco estabelecimentos, sendo que em apenas três há doses da vacina. Os preços variam de R$ 339 a R$ 427.

Chamada de Qdenga, a vacina é produzida pelo laboratório japonês Takeda e pode ser utilizada em pessoas de 4 a 60 anos. É indicada tanto para quem já teve a doença quanto para quem nunca se contaminou.

O imunizante é feito com o vírus vivo e atenuado da dengue e protege contra os quatro diferentes tipos da doença. O esquema vacinal é composto por duas doses, sendo que a segunda deve ser administrada três meses após a primeira.

De acordo com o relatório do laboratório Takeda, com base em 19 estudos divididos em três fases, a vacina preveniu 80,2% dos casos de dengue sintomática 12 meses após a vacinação.

Em Londrina, a vacina contra a dengue está disponível na Farmácia Panvel nas unidades da avenida Higienópolis e da rodovia Mábio Palhano Gonçalves. De acordo com uma atendente, se o cliente comprar apenas a primeira dose, vai pagar R$ 410,11; caso compre a primeira e a segunda, cada uma sai por R$ 339. Esses valores são válidos até domingo (9).

Por meio de consulta ao site da rede de farmácias Nissei, é possível verificar que o imunizantes está disponível por R$ 427 na unidade da avenida Bandeirantes.

A vacina também é ofertada na Clínica de Imunizações Dr. Baldy, por R$ 425 a dose. As redes Droga Raia e Vale Verde ainda não têm a vacina disponível nas unidades de Londrina e região. Para receber a vacina, é necessário fazer o agendamento prévio nesses estabelecimentos.

O imunizante também está disponível na Clínica de Vacinas da Unimed por R$ 425 e o atendimento é feito por ordem de chegada.

A enfermeira Naiara Baldy Rafihi explica que o imunizante só é contraindicado para pessoas que têm alguma doença autoimune, gestantes e mulheres que estão amamentando. Segundo ela, as principais reações são dor no local da aplicação e de cabeça, mas que a maioria dos pacientes que já receberam a vacina na clínica em que ela trabalha não relatou sintomas.

“Normalmente, as vacinas levam 15 dias para criar a proteção, já em relação a essa, o que temos visto em bula é que ela leva 30 dias para criar esse processo de anticorpos”, explica Rafihi. Segundo ela, o efeito total é visto após a segunda dose, que é chamada de manutenção.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já aprovou a vacina, mas que para ser distribuído pelo SUS o imunizante precisa passar pela análise da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias)”. De acordo com o texto, até o momento a empresa não enviou solicitação de incorporação do imunizante para a análise da Conitec.

A Secretaria Municipal de Saúde não retornou o pedido de entrevista.