Paulo Pegoraro
De Cascavel
Estudantes universitários de Cascavel realizaram manifestação ontem pedindo a formação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa do Paraná, para investigar os contratos do governo do estado com as empresas que exploram o pedágio em rodovias do Estado.
Os universitários atravessaram toda a região central da cidade até o Trevo Cataratas, onde se unem as BRs 277, 369 e 467. Pelo caminho, distribuíram panfletos – cuja impressão foi paga por alguns deputados que lideram o movimento pela CPI.
No trevo, no início da semana, os caminhoneiros realizaram bloqueio de caminhões, até serem ‘‘dispersados’’ pela Polícia Militar. Eles não tiveram apoio de outros setores, nem mesmo de entidades e empresas que contestam os valores do pedágio e os contratos de concessão. Os universitários também não se manifestaram na ocasião.
Daniel Andreatta, 23 anos, presidente do Centro Acadêmico de Direito da universidade Univel, um dos organizadores da manifestação de ontem, disse que não participou do protesto dos caminhoneiros por considerar que não houve uma articulação prévia que garantisse um protesto de resultado.
Da manifestação de ontem participaram alunos de cinco universidades. Nos panfletos distribuídos, pediram ‘‘mobilização popular’’ para forçar a CPI, ‘‘abertura dos contratos do pedágio’’, que classificam como ‘‘caixa preta’’, e redução da tarifa para os valores praticados antes da majoração.
Daniel Andreatta observou que, dos três deputados de Cascavel, só Edgar Bueno (PDT) assinou o requerimento da CPI. ‘‘Tiago de Amorim Novaes (PTB) e Toninho Baratar (PSDB) podem dar as assinaturas que faltam’’, acrescentou. Segundo Daniel, o PSDB ‘‘está intimando o Barater a assinar a CPI do pedágio e também a do narcotráfico’’.