A Unimed Londrina anunciou ontem que passará a fazer parte do rol de cooperadas do plano de saúde que possuem unidades hospitalares próprias. A medida, que visa manter a competitividade da prestadora de serviços de saúde no longo prazo, vinha sendo estudada há bastante tempo, e deverá se concretizar em cerca de três anos. Com 150 leitos, a unidade hospitalar será construída em um terreno de cerca de 100 mil metros quadrados, na avenida dos Expedicionários, próximo ao Jardim Botânico (zona sul).

O presidente da Unimed Londrina, Omar Taha: hospital custará R$ 150 milhões ficará na avenida de acesso ao Jardim Botânico
O presidente da Unimed Londrina, Omar Taha: hospital custará R$ 150 milhões ficará na avenida de acesso ao Jardim Botânico | Foto: Divulgação/Unimed

De acordo com o presidente da Unimed Londrina, Omar Genha Taha, a decisão tomada pela maioria dos 445 médicos cooperados representa a maturação de um projeto que visa fazer ainda mais sentido para os interesses da prestadora, no entanto, não havia sido aprovada quando colocada em pauta. À FOLHA, Taha avaliou que o sucesso das parcerias firmadas entre o plano e as outras unidades de Londrina colaborou para que a decisão fosse tomada somente agora.

“Temos parcerias muito boas com a rede prestadora. O fato de estarmos hoje colocando um hospital não quer dizer que vamos prescindir da rede prestadora. Entretanto, olhamos a experiência de outras Unimeds e, hoje, cresce muito a questão hospitalar no país todo e a infraestrutura hospitalar cresce de uma forma a vir contra os interesses das prestadoras e cooperativas médicas”, avaliou.

De acordo com o presidente, ao menos 80% dos cooperados aprovaram a construção da unidade em assembleia realizada na noite de ontem. Após decidirem a localização da unidade, ponto considerado alvo de maior divergência, os cooperados acordaram que o financiamento será por meio de um empréstimo de um agente financeiro terceirizado. Em seguida, um grupo de trabalho que ficará responsável por coordenador os trabalhos foi composto.

Embora um projeto ainda não tenha sido contratado, a Unimed Londrina divulgou que a unidade terá cerca de 15 mil metros quadrados de área construída e deverá custar cerca de R$ 154 milhões. “Na análise que foi feita pela consultoria contratada, o empréstimo de terceiros se mostrou a alternativa mais vantajosa, pelo menos dentro dos parâmetros utilizados para o estudo", explicou Taha. Ainda de acordo com ele, a outra opção de financiamento seria a criação de um Fundo de Investimentos Imobiliários (FIIs), estratégia que vem sendo direcionada para cooperados da Unimed em outros municípios do país ao passo em que a construção de hospitais próprios foi tornando ainda mais necessária. Entretanto, dois terços dos cooperados preferiram não expor o capital à volatilidade do mercado de FIIs.

Questionado sobre quais serão as principais demandas de saúde a serem atendidas na unidade, Taha avaliou que este será um dos primeiros pontos a serem colocados em discussão pelo grupo de trabalho. “Quem vai definir é o grupo porque, sempre que você vai fazer uma unidade hospitalar, você fica dividido entre atender uma demanda específica que você precisa. Por exemplo, Londrina precisa de leitos da área materno-infantil, leitos de obstetrícia, pediatria, temos boas unidades que fazem isso, mas precisa de mais. Por outro lado, Londrina é uma referência em tecnologia na saúde, temos a área de diagnóstico de ponta, nefrologia de ponta, urologia, cardiologia, então tudo isso vai ser considerado no mix de serviços”, concluiu.

A Unimed Londrina detém 54% do total de clientes que optam por aderirem a planos de saúde em Londrina.

mockup