A Coordenadoria de Resíduos Sólidos da Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) tem 21 termos de compromisso assinados para implementação de logística reversa oriundos dos setores empresariais, especialmente de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos de grande impacto ambiental.

Dos 21 termos de compromisso, 17 estão funcionando bem, entre eles os que coletam embalagens de agrotóxico, de lubrificantes, filtros automotivos, pneus, pilhas e baterias portáteis e produtos da indústria metalmecânica. "Os outros quatro estamos com dificuldade porque as cadeias produtivas têm problema de implantar a logística reversa por não haver tecnologia para destruir, transformar ou por não ter viabilidade econômica. Mas estamos construindo uma solução em conjunto", disse o coordenador de Resíduos Sólidos da Sema, Vinicio Bruni. "É uma operação delicada, lenta, complexa e trabalhosa."

Segundo o coordenador, cada programa de logística reversa tem sua meta e a expansão se dá gradualmente no Paraná. "Muitos deles também não sabem como fazer e se a gente exigir que faça em todo o Estado ao mesmo tempo, pode prejudicar a cadeia produtiva", justificou Bruni.

O mais recente programa de logística reversa criado no Paraná é o de medicamentos, lançado pelo governo estadual na última quarta-feira (6). Atualmente, há 26 pontos de coleta instalados em Curitiba, Colombo (Região Metropolitana de Curitiba), Toledo (Oeste) e em breve deverá se estender também para Ponta Grossa (Campos Gerais). Outros 15 postos deverão ser definidos.

O Programa de Logística Reversa de Medicamentos prevê duas campanhas anuais de destinação de medicamentos, com duração de 30 dias cada uma, e os remédios em desuso deverão ser descartados em 250 pontos de coleta. A primeira campanha deve acontecer em agosto. Futuramente o governo estadual pretende chegar a 500 pontos de coleta no Paraná.(S.S.)