A UEL (Universidade Estadual de Londrina) decidiu suspender as atividades presenciais de quatro turmas do curso de Medicina após seis alunos terem sido diagnosticados com a Covid-19. Os estudantes apresentaram os sintomas da doença após terem participado de uma festa em uma chácara na sexta-feira (20). Com a medida, cerca de 320 alunos ficarão sem aulas presenciais por duas semanas.

À FOLHA, a coordenadora do colegiado de Medicina, Neide Tomimura Costa, explicou que a decisão representa um "excesso de cuidado e zelo", necessário diante do atual cenário epidemiológico que Londrina atravessa. Ao mesmo tempo, avaliou que as atividades acadêmicas programadas para os próximos dias poderão ser reagendadas sem prejuízos às turmas. Questionada, também avaliou que alunos de outros cursos da área da saúde não serão prejudicados com a medida uma vez que projetos interdisciplinares também estão com as atividades presenciais suspensas.

Imagem ilustrativa da imagem UEL suspende atividades presenciais do curso de Medicina após contaminações pela Covid-19
| Foto: Gustavo Carneiro-6/7/21

A situação considerada "desconfortável" envolvendo estudantes do curso de Medicina da UEL veio à tona nas redes sociais ainda nesta quinta-feira (26). Autores de algumas postagens no Twitter disseram não estarem surpresos em alusão a outros episódios polêmicos envolvendo estudantes do curso. Outra usuária da rede social satirizou o episódio, afirmando que os alunos seriam responsáveis pelo surgimento de uma nova variante da Covid-19.

Conforme Costa, o Colegiado de Medicina ainda irá avaliar se os estudantes infringiram as regras do Plano de Contingência, Normas, Protocolos e Orientações de Segurança Sanitária da Covid-19, instituído pela UEL no início da pandemia da Covid-19.

“Pelo relato que tivemos dos próprios alunos, eles estavam dentro da legalidade em uma festa para 50 pessoas em local aberto e fora da UEL. Me parece que eles estavam dentro da legalidade. Então não sabemos se o curso de Medicina poderia tomar uma atitude com relação ao currículo. Eles não infringiram a lei, mas vamos estudar se, no Plano de Contingenciamento da UEL, isso teria de alguma forma sido irregular", avaliou a coordenadora.

Questionada, Costa também explicou que estes alunos atuam no Hospital das Clínicas e no Centro de Ciências da Saúde.

Em nota, a UEL esclareceu que as atividades acadêmicas estão amparadas em portarias da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e que todos os estudantes já foram imunizados contra a Covid-19.

"Por fim, o Colegiado de Medicina e a direção do CCS da UEL salientam que todos os estudantes são instruídos sobre os rígidos protocolos necessários para atuação profissional dentro do ambiente hospitalar, que exige, por consequência, respeito ao Código de Ética e o cumprimento restrito da conduta adequada para o estudo da saúde e o pleno exercício desta profissão", concluiu a instituição.

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