A UEL (Universidade Estadual de Londrina) inaugurou nesta sexta-feira (16) o novo SSE (Sistema de Segurança Eletrônica) do campus universitário. Com investimento de R$ 1,6 milhão, proveniente de recursos próprios da instituição de ensino e do Tesouro, o SSE é composto por três eixos: leitura de placas e controle de acesso de veículos, sistema de rádio comunicação digital e reforço e ampliação de um complexo de videovigilância em toda a extensão do campus.

Painel com as imagens das câmeras será monitorado por dois funcionários 24 horas por dia
Painel com as imagens das câmeras será monitorado por dois funcionários 24 horas por dia | Foto: Vítor Ogawa - Grupo Folha

Os recursos para o projeto foram obtidos na gestão do então reitor Sergio Carlos de Carvalho. “Nós estávamos em processo de licitação da folha de pagamento. O Banco do Brasil ofereceu R$ 27 milhões e, desse total, R$ 13 milhões foram utilizados para investimentos prioritários", declarou Carvalho.

Em contrato assinado em julho, os recursos investidos foram distribuídos em três lotes: no sistema de leitura de placas e controle de acesso de veículos foram R$261.995,50: com serviços prestados pela empresa RJ.Com Soluções em Redes de Teleinformática, de Londrina; R$242.150,01 foram investidos no novo sistema de rádio de comunicação digital, realizado pela Moc Eletrônica, de Maringá; e o sistema de vídeovigilância, fornecido pela empresa londrinense SCJ Segurança Digital, teve investimento de R$1.105.392,03.

O novo sistema vai ampliar a segurança no campus, considerando a extensão de 235 hectares de área e cerca de 25 mil pessoas da comunidade universitária, entre estudantes, professores e servidores.

O prefeito do campus, Luiz Cláudio Buzzeti, explicou que o novo sistema de leitura de placas de veículos será utilizado em acessos estratégicos, como na saída da Moradia Estudantil, na rotatória da COU (Clínica Odontológica) e na saída pela PR-445.

Foram adquiridos um software atualizado e 14 câmeras de leitura. A partir do sistema, os agentes de segurança produzirão relatórios diários da entrada e saída de veículos, inclusive identificando carros ou motos provenientes de furtos. “Nós temos 84 agente de segurança interna. Na central de monitoramento temos dois operadores 24 horas por dia”, afirmou Buzzeti.

Já o sistema de rádio vai substituir o atual, que é analógico e apresenta limitações de alcance, e demanda troca de baterias e manutenção contínuas. Foram adquiridos 36 rádios digitais de última geração, além de uma estação repetidora e três bases de operação. Os rádios analógicos sofriam com interferências constantes e com a baixa vida útil das baterias.

O sistema de videovigilância foi ampliado com a aquisição de 45 câmeras novas, que se somaram às 66 já instaladas, totalizando um sistema de 111 unidades com capacidade de cobrir 100% da área do campus. Os novos locais foram definidos a partir de critérios técnicos, que garantem visibilidade e segurança para a comunidade. O sistema ainda inclui uma central de vídeo wall, com seis monitores de 55 polegadas. Além dos novos equipamentos, toda a área predial da Central de Monitoramento da Divisão de Segurança da PCU (Prefeitura do Campus Universitário) foi reformada e recebeu novo mobiliário.

Jeferson Diniz, diretor técnico do Grupo Smartseg, empresa que implantou o sistema na UEL, explicou que o software permite implantar não só as câmeras. “O sistema está utilizando somente de 10% a 15% de sua capacidade. Ele é robusto e por meio dele, futuramente, será possível implantar controle de acesso, controle de catracas do Restaurante Universitário, identificação de pessoas por meio de inteligência artificial.” Para o ano que vem, por exemplo, está prevista a implementação de câmeras térmicas, que auxiliarão ainda mais a melhorar a segurança no campus.

A reitora Marta Favaro afirmou que a UEL avançou muito com a possibilidade de contar com esse serviço de vigilância. “Nós também tivemos a possibilidade de contratação de vigilantes noturnos com o auxílio e a colaboração do conselho de administração para favorecer também o acompanhamento dos diferentes espaços. Como temos um espaço territorial muito grande para ser observado, estamos discutindo um projeto de iluminação para melhorar esse aspecto ainda mais”, destacou.

O vice-reitor Airton José Petris era do conselho de administração quando o projeto foi aprovado e relembrou que a UEL teve a sua fase rural, mas agora virou espaço urbano, com todos os problemas que isso acarreta. “Recentemente anunciaram a criação da Nova Palhano e a UEL logo vai ficar cercada de prédios. Esse sistema de segurança busca colocar um fim aos ataques ao patrimônio da universidade.”

Ele explicou que na época que era do conselho de administração, a falta de segurança já se apresentava como um problema. “A gente começou a ter muitos roubos, o patrimônio sendo levado da UEL. Quando o professor Sérgio apresentou a proposta, ela passou rapidamente pelo conselho de administração como uma medida estruturante e fundamental.”

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