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. | Foto: Divulgação

A UEL (Universidade Estadual de Londrina) está entre as 30 instituições que mais produzem pesquisa científica no Brasil, segundo estudo divulgado pelo jornal da USP (Universidade de São Paulo). A UEM (Universidade Estadual de Maringá) também figura na lista.

Os dados foram retirados da base Web of Science, plataforma referencial de citações científicas, no período de 2014 a 2018. A plataforma também aponta que o professor Daniel Granato, da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) está entre os professores mais citados do mundo.

Das 50 instituições que mais publicaram trabalhos científicos no Brasil nos últimos cinco anos, 36 são universidades federais, 7 estaduais, 1 particular, 5 institutos de pesquisa ligados ao Governo Federal, além de 1 instituto federal de ensino técnico.

A UEL está na 29ª colocação com 3.168 documentos produzidos no período, enquanto a UEM ocupa a 25ª posição da tabela com 3.656 documentos. As duas universidades, juntas, representam 3% da produção científica total do país.

As duas universidades juntas possuem 106 programas de pós-graduação, 638 grupos de pesquisa e cerca de 1,5 mil bolsistas divididos em professores doutores pesquisadores, bolsistas de pós-graduação e estudantes de graduação que contribuem para a produção científica do Paraná e do Brasil.

A USP é a universidade que lidera o levantamento, com participação em mais de 20% das pesquisas publicadas no país. A pesquisa também destaca que, segundo Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, 80% dos pesquisadores do país estão nas universidades.

Para o pró-reitor em exercício de pesquisa e pós-graduação da UEL, Arthur Mesas, a universidade possui um alto padrão de qualidade em sua produção científica. "Temos um grupo de 118 professores que são bolsistas de Produtividade em Pesquisa e 11 que são bolsistas em Desenvolvimento Tecnológico do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), reconhecidos por sua produção científica. A quantidade e a qualidade dessas produções colocam a universidade em posição de destaque", afirma.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Clóves Cabreira Jobim, destacou a importância do ranking. "O resultado é reflexo dos trabalhos que os pesquisadores da UEM têm desenvolvido na instituição e que são divulgados em periódicos científicos de qualidade", diz.

Segundo o diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, o resultado do ranking é o reconhecimento do trabalho das universidades. "Temos grandes pesquisadores nas nossas universidades e institutos de pesquisa, por isso ganhamos destaque nas avaliações nacionais e internacionais. O resultado é decorrente do apoio do Governo e do excelente trabalho desenvolvido nas instituições estaduais".

PROFESSOR DA UEPG

Entre os 12 pesquisadores brasileiros mais citados em todo o mundo está o professor da UEPG Daniel Granato. O docente, que atua no Departamento de Engenharia de Alimentos, é o 3º pesquisador mais produtivo do Brasil e o 271º do mundo na área de Ciências Agrárias, além de ter publicado 12 artigos que estão entre os mais citados da história da Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Granato aparece no ranking Highly Cited Researchers, que classifica os pesquisadores de acordo com as citações dos artigos científicos produzidos por ele.

Este ranking é um dos mais utilizados para avaliar a relevância e proeminência científica e é organizado pela empresa americana de análise de dados Clarivate Analytics com base na plataforma de dados Web of Science. Em 2018, o professor recebeu também o Tanner Award, que reconhece os artigos mais citados da revista Journal of Food Science.

A UEPG também é a melhor universidade brasileira em ‘Educação de Qualidade’, segundo o ranking de impacto universitário do mundo, produzido pela revista THE (Times Higher Education).

A universidade obteve a posição 48º dentre mais de 301 instituições que participaram do processo. A UEPG possui 35 programas de pós-graduação, 194 grupos de pesquisa e 991 bolsistas em atividade.