A UEL (Universidade Estadual de Londrina) ocupa a 21ª posição entre as universidades públicas do Brasil considerando o IGC (Índice Geral de Cursos) que avalia a qualidade das instituições. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e mostram que a UEL é a quarta melhor universidade estadual do País.

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. | Foto: Saulo Ohara/Grupo Folha

A UEL obteve IGC aproximado de 3,69 e permaneceu ao lado de outras 437 universidades do País na faixa 4 em uma classificação que varia de 1 a 5, sendo 5 o melhor desempenho. Entre as universidades públicas do Paraná, a Universidade Estadual de Londrina ficou atrás apenas da UFPR (Universidade Federal do Paraná) que ocupou a 12ª posição nacional com pontuação de 3,97 e faixa 5 na classificação.

Imagem ilustrativa da imagem UEL é a 21ª universidade pública do Brasil em qualidade, segundo Inep

Conforme o Inep, o cálculo do IGC considera a média dos CPCs (Conceitos Preliminares de Curso) obtidos por meio do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) aplicado nos últimos três anos; a média dos conceitos de avaliação pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) dos programas de pós-graduação stricto sensu ofertados nas instituições e a distribuição dos estudantes na graduação e pós-graduação.

Para o reitor da UEL, Sérgio Carvalho, a universidade apresenta qualidade consolidada, já que manteve a mesma posição no ranking em relação ao ano anterior. “A nossa manutenção no ranking é fruto do esforço da comunidade, dos estudantes, dos professores e dos técnicos da nossa universidade para garantir que o nosso comprometimento resulte em uma boa formação para os nossos estudantes. Isso deixa a gente muito feliz porque, apesar de todas as dificuldades que as universidades públicas do Brasil enfrentam nesse momento, continuamos mantendo a nossa posição”, comemora.

Ao todo, foram considerados os resultados de 8.520 cursos de bacharelado e superiores de tecnologia de 2.052 universidades, institutos federais, faculdades e centros universitários. Dentre os cursos avaliados que pertencem à UEL, três aumentaram o conceito, seis mantiveram a nota e um diminuiu. Os dez cursos da UEL avaliados no Enade 2018 foram Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Design de Moda, Design Gráfico, Direito, Jornalismo, Psicologia, Secretariado Executivo e Serviço Social.

Já a UEM (Universidade Estadual de Maringá) apareceu em 25º lugar no ranking geral de universidades e em 5º dentre as estaduais do País. Para o reitor Julio César Damasceno, os resultados são fruto de um trabalho que vem sendo realizado há vários anos e busca integrar a formação de pessoas associada à produção de conhecimento e a extensão. "Desta forma nós estamos proporcionando aos nossos alunos uma educação muito ligada aos problemas do cotidiano, sejam eles ligados ao campo da educação, tecnologias, agro, as mais diversas áreas das ciências humanas, exatas e por ai vai. Eu acho que a UEM é uma universidade que se planeja e a todo instante está se autoavaliando. A nossa perspectiva é que a UEM melhore ainda mais", estimou.

Imagem ilustrativa da imagem UEL é a 21ª universidade pública do Brasil em qualidade, segundo Inep

Dentre as federais do País, a UFPR apareceu em 9º lugar e em 12º no ranking geral. O pró-reitor de graduação Eduardo Salles de Oliveira Barra aproveitou para agradecer o trabalho de professores e servidores que passaram a se mobilizar no sentido de mostrar a qualidade dos seus cursos e ressaltou que a universidade não deve se "iludir" com os resultados, mas continuar investindo no processo educacional.

"A universidade tem uma vitalidade surpreendente uma vez que nós temos passado pelo quarto ou quinto ano de severas restrições do ponto de vista orçamentário. Mas a universidade continuou viva, atuando e comprometida com aquilo que ela tem que fazer para dar as respostas à sociedade naquilo que ela foi designada, a formação de profissionais, pesquisa científica, popularização do conhecimento e avanços tecnológicos. Isso a universidade tem feito e esses números revelam que tem feito com extraordinária qualidade", comemorou.

A USP (Universidade de São Paulo) não aparece no ranking justamente porque que não vem realizando o Enade nos últimos anos.

PERFORMANCE SUPERIOR

As instituições federais tiveram mais da metade de seus cursos de graduação com as mais altas notas no sistema de avaliação do MEC (Ministério da Educação) em 2018. O desempenho da rede é quase duas vezes superior ao de faculdades e universidades com fins lucrativos. Os indicadores foram divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC responsável pela avaliação do ensino superior.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem insistido em um discurso crítico à qualidade das federais. Ao mesmo tempo, suas declarações vão no sentido de priorizar o setor privado na expansão e de defender uma autorregulação para o sistema.

As graduações são classificadas pelo CPC (Conceito Preliminar de Curso) ao levar em consideração notas de uma prova feita por concluintes (o Enade) e informações como o perfil de titulação de professores.

O conceito tem uma escala de 1 a 5 - cursos com CPC 1 e 2 são considerados insatisfatórios e podem ter a autorização de funcionamento comprometida. Já as notas 4 e 5 representam os intervalos de melhor qualidade em relação aos demais.

Entre as federais, 56,8% dos cursos avaliados no ano passado ficaram nos dois últimos intervalos. Esse percentual é de 28,35% nas privadas com fins lucrativos. Na outra ponta, com conceitos 1 e 2, as federais têm 2,4% de cursos e as privadas com fins lucrativos, 10,7%. As instituições públicas estaduais, por exemplo, tiveram 30,8% dos cursos com notas 4 e 5.

As graduações avaliadas em bacharelados são administração, administração pública, ciências contábeis, ciências econômicas, design, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, serviço social, teologia e turismo.

Já os cursos tecnológicos analisados foram comércio exterior, design de interiores, design moda, design gráfico, gastronomia, gestão comercial, gestão de qualidade, gestão de recursos humanos, gestão financeira, gestão pública, logística, marketing e processos gerenciais.

O Inep também divulgou o IGC (Índice Geral de Cursos), indicador referente às instituições. Ele é calculado com base na média do CPC nos últimos três anos, combinado com informações como a qualidade da pós-graduação.

A distribuição segue a mesma tendência do índice de cursos. Das instituições avaliadas, 68,6% nas federais estão com as duas notas mais altas (considera universidades e institutos federais). O percentual é de 18,1% entre as privadas com fins lucrativos.

No geral, independentemente do tipo de instituição, 22,3% estão nos dois intervalos superiores (4 e 5) e 63,6% com a nota 3. Na ponta inferior, 12,9% das instituições tiveram IGC com conceito 1 e 2.