Turbogerador inaugurado em Ortigueira deve alimentar 250 mil casas no Paraná

A Klabin, empresa produtora de papel e celulose, instalada na cidade de Ortigueira, a região dos Campos Gerais, no Paraná, colocou em funcionamento nessa semana o terceiro turbogerador movido a bioenergia.

O equipamento, junto com a ajuda dos outros dois turbogeradores já em operação na Unidade Puma da empresa, deve produzir energia elétrica suficiente para suprir a demanda de eletricidade da fábrica e gerar um excedente capaz de alimentar até 250 mil residências na região.

O excedente da produção será transmitido para o SIN (Sistema Interligado Nacional), que é responsável pelo gerenciamento de energia elétrica no Brasil. Segundo a empresa, está previsto a disponibilização de 90MW por hora ao SIN. O montante é suficiente para abastecer 4 vezes o número de domicílios da região de Telêmaco Borba, que segundo dados do IBGE é cerca de 61 mil domicílios.

Para o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação e Sustentabilidade, Francisco Razzolini, essas ações são cruciais para o desenvolvimento sustentável da região, pensando sobretudo no meio ambiente. “Entre os benefícios da adoção das tecnologias de ponta estão a ampliação da nossa matriz energética de fonte renovável e a redução das emissões de gases de efeito estufa. São ações cruciais para o combate às mudanças climáticas, tema de enorme relevância e que temos como premissa para este projeto", conta.

O TURBOGERADOR

A produção elétrica dos turbogeradores é gerada de forma limpa e sustentável. O processo acontece a partir da combustão de produtos renováveis, que já são utilizados na produção de papel e celulose, nas Caldeiras de Força e Recuperação onde a energia térmica é transformada em elétrica.

Júlio Nogueira, gerente corporativo de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Klabin, explica: “É uma prática sustentável, porque nos permite reaproveitar os resíduos dos processos. Eles se tornam fontes de combustível que, ao serem processados nas nossas caldeiras, geram calor para a produção de vapor de alta pressão. No TG, ocorre a transformação deste vapor em geração de energia elétrica.”

A inovação é uma das medidas que a empresa vem adotando para reduzir a participação de combustíveis fósseis, o objetivo é garantir uma matriz energética de, no mínimo, 92% renovável até 2030.

***

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.