Os tripulantes do vôo 280 do Boeing 737/200 da Vasp deverão prestar depoimento na Polícia Federal de Curitiba na próxima segunda-feira. Eles serão os responsáveis pela elaboração de um retrato falado dos sequestradores.
Os depoimentos aconteceriam ontem, mas foram adiados porque nem todos os tripulantes puderam ser localizados pela diretoria da Vasp.
‘‘Confesso que fiquei frustrado com o atraso, mas tenho certeza que isto não irá prejudicar as investigações’’, declarou o delegado Luiz Melzer, da Polícia Federal.
Deverão ser ouvidos na segunda-feira os comissários de bordo Ariovaldo Virgílio Pereira, Cristina da Cruz Silva, Márcia Valéria Vieira Campos e Vitória Regina Andrade Simas, além do comandante Sérgio Carmo dos Santos e o co-piloto Mauro Bittencourt Barge.
Ontem, os representantes da TGV – Transporte de Valores e Vigilância Ltda. foram até a Polícia Federal para prestar esclarecimentos e dar informações sobre o sistema de segurança de transporte de valores da empresa.
Eles não quiseram ser identificados e não deram entrevistas. Luiz Melzer informou que eles se colocaram à disposição da Polícia Federal.
‘‘A TGV é uma grande empresa no Paraná e trabalha com uma atividade de risco. É natural que as quadrilhas especializadas visem este tipo de atividade’’, declarou o delegado.
Ele não acredita que funcionários da empresa estejam envolvidos no sequestro da aeronave da Vasp.
Melzer não quis dar detalhes da conversa com os diretores da TGV. O delegado defendeu o sigilo nas informações para chegar o mais rápido possível aos suspeitos.
Apenas adiantou que o trabalho feito no Boeing da Vasp foi ‘‘profissional’’. ‘‘Foi tudo bem planejado, bem estruturado.’’