O Tribunal do Júri da Comarca de Londrina condenou Dilson Marques de Jesus nesta segunda-feira (22) por tentativa de feminicídio por motivo torpe e também pelo crime de ameaça, anterior à tentativa de feminicídio contra Maria Goreti da Silva, com quem conviveu por mais de 25 anos. Todos os pedidos do Ministério Público foram acolhidos e o réu condenado à pena de 14 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão, por feminicídio tentado, e de 2 meses e 05 dias de detenção, por ameaças.

O crime ocorreu quando Goreti conseguiu romper o ciclo da violência doméstica em que esteve imersa por décadas, deixou sua casa e planejava mudar de cidade com o filho para recomeçar a vida.

A defesa se apoiou na tese de que "as drogas estão destruindo famílias" ao tentar banalizar a complexidade do ciclo da violência doméstica e dos temores que levam uma mulher a se manter em uma relação violenta. O defensor alegou ainda que, caso tivesse intenção de matar Goreti, Dilson o teria tentado em outras oportunidades.

O júri foi composto por seis homens e uma mulher e entendeu que Goreti foi vítima de violência doméstica reiterada durante anos e que o crime ocorreu porque o acusado não aceitou a perda de controle sobre ela. Goreti sobreviveu por obra do acaso.

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