Imagem ilustrativa da imagem Transporte escolar exige atenção dos pais na hora da escolha
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O transporte escolar feito por vans e micro-ônibus sempre foi uma opção segura e que oferece suporte aos pais que não conseguem levar ou buscar os filhos na entrada ou saída da escola. Com a pandemia, ao escolher um serviço de transporte escolar, os pais precisam ficar atentos não só nas qualificações do veículo e do motorista, mas também nos cuidados sanitários de prevenção à Covid-19.

Elen Caroline de Andrade tem um filho de 4 anos e precisou contratar um serviço de transporte escolar para ele retornar da creche no ano passado. Elen é moradora do Jardim Olímpico, mas no período em que o filho estava na escola, ela cuidava do sobrinho em outra região da cidade e não conseguia buscá-lo, já que a creche estava localizada no Jardim Tokyo, outra região de Londrina.

“A escolha da van foi por indicação e boas referências. Para mim foi uma experiência super tranquila, nunca tive nenhum problema. Durante o trajeto da escola até a minha casa, o uso de máscara era obrigatório e o fluxo de crianças na van era menor”, destaca.

Em Londrina existem cadastrados na CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) 136 vans com capacidade de 12 a 21 lugares e 13 micro-ônibus com capacidade de 23 a 36 lugares. O cadastro para operar com transporte escolar em Londrina é feito uma vez por ano e uma série de requisitos precisam ser preenchidos tanto para pessoas físicas e jurídicas, como para motoristas auxiliares e monitores.

É importante que os pais ou responsáveis contratem serviços autorizados e regularizados pela CMTU para o transporte escolar. Isso porque o cadastro exige uma série de requisitos e documentos que garantem maior segurança. A lista de cadastrados regulares pode ser acessada pelo link: https://cmtu.londrina.pr.gov.br/index.php/transporte-escolar/537-transportes-escolares-cadastrados.html. Todos os veículos da lista apresentaram as documentações exigidas e foram aprovados no processo de análise cadastral.

Entre as principais exigências solicitadas pela CMTU estão, por exemplo, ser maior de 21 anos, ter carteira de habilitação categoria “D”, ou superior com a inscrição EAR (Exerce Atividade Remunerada), certidão emitida pelo DETRAN/PR que comprove não ter sido cometida nenhuma infração grave ou gravíssima, ou infrações médias reincidentes durante os últimos doze meses; certificados de realização e aprovação em cursos de direção defensiva, primeiros socorros e especialização; e ainda a comprovação em cartório de que não haja nenhum processo criminal ou cível sendo respondido na justiça.

No caso de monitores é necessário ser maior de 16 anos, ter certificado de conclusão de curso específico para atuação que tenha sido ministrado por órgãos competentes e formação mínima escolar de ensino fundamental. Já as orientações de segurança sanitária durante a pandemia são os protocolos definidos pela Secretaria Municipal da Saúde. Em Londrina, uma cartilha também foi disponibilizada pela Secretaria Municipal de Educação contendo recomendações para o transporte escolar na retomada das aulas durante a pandemia.

SEGURANÇA

Thiago Pereira é docente de Radiologia e há seis anos também é motorista de transporte escolar na Gleba Palhano e região central de Londrina. “É muito importante exigir o credenciamento da empresa que fará o transporte das crianças. No trânsito o cuidado é o mesmo, mas além disso, no transporte escolar é preciso atenção redobrada no embarque, desembarque e manter um bom contato com os pais”, afirma o motorista.

O cuidado redobrado que o Thiago já tinha com o transporte das crianças, ganhou ainda mais atenção com os protocolos de segurança sanitária como higienização do veículo a cada embarque e desembarque, aferição de temperatura e álcool gel para higienizar as mãos das crianças e, é claro, do uso obrigatório de máscara.

No caso do transporte particular, como são sempre as mesmas crianças, é mais fácil cumprir com os protocolos necessários e realizar o controle em meio à pandemia. Principalmente por causa do contato próximo do motorista com os pais que sinalizam a equipe sobre qualquer sintoma de gripe ou alteração no quadro de saúde dos filhos, evitando o embarque e a contaminação das outras crianças.

NECESSIDADE E ECONOMIA

Desde a retomada das aulas presenciais em 2021, a procura por vans e micro-ônibus por parte dos pais tem sido não só em razão da segurança que o transporte escolar oferece em relação à pandemia, mas também pela economia no gasto com combustível. “Se o pai for por na ponta do lápis o transporte escolar é bem mais viável e depois do transporte pelos pais é a opção mais segura”, destaca Thiago Pereira.

Antes da pandemia, os dois filhos da Jacqueline Cher, de 9 e 10 anos, Mariah e Fernando, não usavam transporte escolar. Ela mesma levava os filhos de carro para a escola. Durante a pandemia Jacqueline precisou vender seu veículo, optando pelo transporte escolar fretado quando as aulas das crianças retornaram de modo presencial.

“A escolha da van foi por indicação da própria escola. Escolhemos o serviço do Thiago por ele sempre ter muito cuidado com as crianças e ter acompanhado os protocolos de segurança. A segurança foi o principal fator”, pontua a mãe e consultora de vendas de automóveis.

Para Jacqueline Cher, a van é uma solução em relação aos cuidados necessários com a pandemia, mas também tem se tornado uma opção para a sua rotina familiar que ao mesmo tempo que garante segurança, oferece comodidade. “Com 10 anos dava para usar o transporte público? Até dava, mas com a pandemia é tudo muito incerto. Ter a van é uma tranquilidade enorme, sei exatamente em qual horário meu filho chega”, destaca.

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