A transferência da nafta - subproduto do petróleo altamente inflamável - do navio encalhado no Canal da Galheta em Paranaguá, Litoral do Paraná, deve estar finalizada até domingo. A previsão é da Defesa Civil. Até o início da noite de ontem, 5 milhões de litros do produto tinham sido transferidos do Norma. Nenhum novo vazamento de nafta foi registrado desde o início da operação.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, coronel Luiz Antonio Borges Vieira, as duas bombas de sucção que levam a nafta do Norma para o navio petroleiro Nara estavam transferindo 250 mil metros cúbicos do produto por hora, um quarto da capacidade dos equipamentos. O Norma estava carregado com cerca de 20 milhões de litros de nafta quando bateu em uma pedra, a 1,5 km do Porto de Paranaguá, no dia 18. ''É complicado fazer qualquer previsão, mas se tudo continuar bem, os trabalhos não passam de domingo.''
O coronel Vieira garantiu que durante todo o dia o risco de explosão registrado por equipamentos instalados na baía foi nulo. O trabalho estaria dentro do planejado. O único imprevisto registrado na operação foi no início dos trabalhos, na quinta-feira. Uma das bombas parou de funcionar por cerca de 40 minutos. O Porto de Paranaguá continuou operando normalmente durante todo o dia de ontem. O trânsito só é proibido em um raio de 950 metros em redor do Norma. Ontem 12 navios estavam atracados no cais e mais 24 aguardavam ao largo.
Cerca de dez técnicos da empresa holandesa Smitt Americas, contratada pela Petrobras, participam dos trabalhos no Norma. Aproximadamente 600 pessoas estão participando das ações de segurança.
Ontem, técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) encontraram uma gaivota agonizando na Baía de Paranaguá. A ave foi enviada à Pontifícia Universidade Católica do Paraná para análise. (Com Agência Estado)