Os trabalhadores de transporte coletivo de Londrina solicitaram uma audiência junto ao prefeito Marcelo Belinati nesta segunda-feira (12), às 6 horas da manhã), para intervir na questão dos pagamentos atrasados da categoria. Segundo o diretor José Francisco, do Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina), o sindicato ainda não foi notificado sobre mandado de segurança expedido no final da tarde de sexta-feira determinando retorno mínimo de 70% da frota em horário de pico e 50% nos demais período do dia. "Você acha que os trabalhadores voltam sem o salário na conta?", questionou quando a reportagem perguntou sobre a notificação. "Não temos nenhuma posição das empresas para o pagamento de salários, que já está atrasado há cinco dias", reclamou. "Solicitamos mediação urgente no poder público, que, se for atender, será só amanhã cedo. Impetramos ações de responsabilidade civil nas empresas e no poder público para que seja feito o pagamento dos salários imediatamente. Se isso acontecesse, já encerraria o protesto e a paralisação de imediato", declarou.

Os trabalhadores de transporte coletivo de Londrina solicitaram uma audiência junto ao prefeito Marcelo Belinati nesta segunda-feira (12), às 6 horas da manhã), para intervir na questão dos pagamentos atrasados da categoria.
Os trabalhadores de transporte coletivo de Londrina solicitaram uma audiência junto ao prefeito Marcelo Belinati nesta segunda-feira (12), às 6 horas da manhã), para intervir na questão dos pagamentos atrasados da categoria. | Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

A assessoria de imprensa da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina) reforçou que não houve nenhuma alteração de panorama e, por este motivo, tudo permanece parado. "A CMTU aguarda que a decisão judicial seja cumprida, bem como que as empresas cumpram com a sua obrigação.", informou Marcelo Cortez, via assessoria de imprensa. Em sua live semanal, neste domingo (11), o prefeito Marcelo Belinati reforçou que as empresas receberam R$ 5 milhões em tarifas e a folha de pagamento é R$ 1,5 milhão. Ressaltou ainda que o número de usuário caiu de 150 mil para 50 mil.

Já a assessoria de imprensa das empresas de ônibus confirmou que o cenário permanece inalterado, sem a circulação dos ônibus, e reafirmou que "o sistema de transporte coletivo vem sofrendo com a queda brutal da arrecadação, embora as operadoras tenham continuado a manter a prestação dos serviços à comunidade, arcando não somente com os custos do sistema – que é público - , mas igualmente em plena observância de todas as determinações das autoridades públicas no que diz respeito aos protocolos e medidas sanitárias recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e a todas as determinações da CMTU, com vistas a realizar uma operação visando a se manter o distanciamento social no transporte."

As empresas alegam que estão arcando com os custos do aumento dos insumos, como o óleo diesel, que apenas nos primeiros três meses de 2021 sofreu aumento de cerca de 41%. "Agora, passados 14 meses de pandemia, a capacidade econômico-financeira das operadoras, infelizmente se esgotou, não havendo mais recursos para o implemento de suas obrigações", destacou.

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