Imagem ilustrativa da imagem TJ notifica construtora após desabamento do Fórum de Londrina
| Foto: Marcos Zanutto

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) afirmou nesta quinta-feira (16), por meio de nota enviada à imprensa, que cobrou explicações da JWA Construção e Comércio sobre o desabamento parcial da estrutura do Fórum Criminal, que deixou duas pessoas levemente feridas. Elas receberam alta do hospital no mesmo dia do acidente.

Segundo o Tribunal, "o representante da empresa foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os fatos e será realizada uma análise sobre a resposta apresentada. Com isso, se for necessário, as devidas medidas administrativas poderão ser aplicadas".

Conforme a nota, "técnicos responsáveis pela fiscalização da obra foram ao local para avaliar a situação junto aos profissionais da contratada. O Tribunal de Justiça adotará as medidas internas necessárias para apurar os fatos envolvidos no episódio, principalmente para que as demais atividades do processo de demolição transcorram sem novos incidentes. Não haverá qualquer mudança no cronograma previsto para a obra. As atividades seguirão de forma regular".

Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do desabamento do Fórum; assista

De acordo com a assessoria de imprensa da Copel, a energia foi restabelecida no Centro Cívico, onde ficam a prefeitura e o Fórum Cível. O expediente nos dois órgãos foi suspenso e deve ser retomado nesta sexta. Além da falta de luz, o prédio da administração municipal também ficou sem água.

A construtora responsável pela demolição e construção do novo Fórum Criminal é a JWA Construção e Comércio, de São Paulo (SP). Ela venceu a licitação lançada pelo TJ e irá receber R$ 52 milhões pelo serviço.

O edifício terá sete pavimentos e três subsolos para estacionamento, com capacidade para instalação de 18 unidades judiciais. Dessas, quatro serão reservadas uma futura expansão do Fórum. Inicialmente, o TJ projeta a implantação das Varas Criminais, da Infância e Juventude e os Juizados Especiais. A construção será em uma área total de mais de 25 mil metros quadrados.

O Fórum Cível tem 15 mil m². Já a VEP (Vara de Execuções Penais) possui dois mil metros quadrados.

Em nota, o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) esclareceu que todas as notícias veiculadas a respeito da queda da laje no prédio do Fórum serão "anexadas junto ao relatório do sinistro elaborado durante vistoria de fiscalização", realizada na manhã de quinta-feira (16). "Isso inclui matérias de jornais, sites, rádios e TVs, além de um vídeo que circula nas redes sociais cujas imagens, supostamente, fazem referência ao sinistro", informou.

"Relatórios da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros também serão juntados ao processo. Toda a documentação será encaminhada à Câmara Especializada de Engenharia Civil, cuja comissão analisará o caso com base nas evidências contidas no sinistro, respeitando o direito constitucional da ampla defesa e contraditório dos envolvidos. Se for constatada falha profissional, o Engenheiro responsável técnico pelo serviço poderá responder por imprudência, imperícia ou negligência. As sanções vão desde advertência reservada ou censura pública", explicou o Crea-PR