O desembargador Miguel Kfouri Neto, do Tribunal de Justiça, negou o pedido para transferência para outra cidade do julgamento do professor Laurindo Panucci Filho, que assassinou o diretor da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) de Cornélio Procópio, Sérgio Ferreira. A solicitação foi feita pela defesa do acusado. O crime aconteceu em 20 de dezembro de 2018. A Justiça decidiu que o réu vai a júri popular, ainda sem data para ser realizada. A decisão é do último dia 7 de agosto.

Imagem ilustrativa da imagem TJ nega mudança de júri de professor que matou diretor da UENP de Cornélio Procópio
| Foto: UENP

De acordo com a Polícia Civil, Ferreira foi assassinado em uma das salas da universidade com golpes de uma machadinha. Após o homicídio, o acusado fugiu para o interior de São Paulo, onde foi preso. Em abril de 2019, quando interrogado no Fórum, Panucci Filho se arrependeu do que fez e disse que era amigo da vítima.

O advogado Diego Fiori, que defende o professor, relatou que os jurados "já teriam uma convicção formada, pedindo a condenação" do docente porque Ferreira era muito conhecido em Cornélio. Após sua morte, a UENP fez uma homenagem em uma cerimônia que reuniu cerca de 500 pessoas. Na ocasião, um monumento foi inaugurado em referência ao diretor. Segundo o defensor, a mudança do julgamento para outro município, no caso Londrina, onde o assassino está detido, "não causará qualquer dano à acusação".

Ao analisar a solicitação, o desembargador não enxergou requisitos suficientes para autorizar a mudança. Sérgio Ferreira tinha 60 anos e trabalhava na instituição de ensino desde 1990. Foi coordenador e chefe do departamento de Administração e estava no segundo mandato na direção do campus de Cornélio Procópio. Laurindo Panucci Filho foi demitido do cargo que ocupava em março do ano passado. A exoneração foi assinada pelo governador Ratinho Jr.