No dia 28 de dezembro, a superintendente do HU (Hospital Universitário) de Londrina, Vivian Feijó, comemorou a queda na taxa de ocupação de leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus em dezembro. Nos dias 4 e 5 daquele mês, a taxa de positividade dos testes realizados foi de 0%, ou seja, ninguém que fez o teste foi detectado com a doença. No entanto, já havia um viés de alta, com essa taxa subindo para 6,3% no dia 26. E o temor de um aumento significativo de casos nessa virada de ano tem se confirmado.

Imagem ilustrativa da imagem Taxa de positividade dos testes explode após festas da temporada
| Foto: iStock

No dia 2 deste mês de janeiro, de 160 testes RT-PCR realizados em pacientes do SUS feitos no HU, 31 deram positivo, o que indica que em 19,4% dos testes realizados o vírus foi detectado. Vale lembrar que no auge da pandemia em Londrina, em maio do ano passado, 49,4% dos testes realizados apresentaram positividade. O HU faz o monitoramento diário dessa taxa. “Ainda estamos em alerta, acompanhando os números. Apesar do aumento de casos positivos, não tivemos impacto na internação ainda. Reforçamos a necessidade do cumprimento das medidas de prevenção e também da vacinação, em especial também nos reforços”, declara. No entanto, o momento é de cautela. “Aguardamos o retorno das férias e das praias lotadas”, completa Feijó.

“As pessoas deixaram de se preocupar. Os estabelecimentos passaram a não cobrar um critério mais rigoroso na entrada ou mesmo da exigência da vacina, ou do uso de máscara na permanência no local com grandes aglomerações”, lamenta a superintendente do HU.

“Você pode observar nos vídeos que são divulgados dos grandes eventos. As pessoas quase não usam a máscara. É raro quem está de máscara. O uso da máscara, a lavagem das mãos e o uso do álcool 70% são extremamente importantes no cotidiano de cada cidadão para que a gente ainda possa prevenir a contaminação e diminuir essa taxa de positividade.”

ATENDIMENTOS POR CONVÊNIOS

De acordo com o plano de saúde Unimed, a média mensal de confirmações nos testes de Covid, em outubro do ano passado, foi de 14,29% dos exames coletados. Em novembro houve queda 3,69 %, mas em dezembro os números voltaram a subir, para 9,20%. De acordo com o infectologista Diogo Jorge Rossi, do Pronto Atendimento da Unimed, o aumento do número de pacientes com queixas respiratórias é nítido nos últimos dias. “Essa alta reflete o aumento do número de casos de doenças infecciosas como resfriados, gripes - incluindo a influenza H3N2 - e Covid-19. Todas elas têm a mesma forma de transmissão.”

Ele reforça que a transmissão de todas essas doenças infecciosas respiratórias se dá da mesma forma, por meio da fala, tosse e espirro. “As gotículas das vias aéreas fazem essa transmissão e elas compartilham dos mesmos sintomas, com quadros respiratórios com tosse, coriza, congestão nasal, dor de garganta, febre, mal-estar e dores no corpo. Só com os sintomas é difícil fazer essa diferenciação”, aponta. Por isso, diz Rossi, é importante reforçar as medidas de prevenção como o distanciamento social, uso de máscara, higienização das mãos e evitar aglomerações.

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