O Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, não admitiu o recurso especial impetrado pela defesa de Daiane Cristina Freire, acusada de homicídio com dolo eventual de Jean Goulart Camargo, de 26 anos, e Eliede Santos Oliveira, de 42 anos, em acidente registrado no dia 1º de maio de 2018.

Freire estava dirigindo o carro que atingiu a moto em que estavam os dois no cruzamento da avenida Dez de Dezembro com a avenida Guilherme de Almeida. (zona sul). Os dois morreram na hora. Com essa decisão o agendamento do Tribunal do Júri, que irá julgar Freire, está cada vez mais próximo.

 Jean Goulart Camargo e Eliede Santos Oliveira morreram na hora.
Jean Goulart Camargo e Eliede Santos Oliveira morreram na hora. | Foto: Reprodução/Advogado Mário Barbosa

O processo tende a voltar para Curitiba e o Tribunal de Justiça irá devolver o processo para Londrina e só a partir disso o juiz vai marcar a data do júri popular. O assistente de acusação do Ministério Público, Mário Barbosa, afirmou que tecnicamente ficou muito feliz quando recebeu essa decisão. “Os familiares das duas vítimas ficaram muito mais contentes com a decisão de ter sido mantido o júri popular em todas instâncias do Poder Judiciário. Agora vai ser um espaço de tempo muito curto para que a ré seja submetida ao júri, e, se Deus quiser, condenada”, declarou Barbosa.

Ele descreveu a reação dos familiares à decisão do STJ como um grande alívio e uma grande alegria. “Sempre fica um medo de que haja a reversão da decisão e, ao saberem que ela vai para júri, ficaram bem felizes. Foi essa conotação que eles me deram. Vamos torcer para sair logo esse júri.”, descreveu Barbosa.

Imagem ilustrativa da imagem STJ nega recurso para motorista que atropelou e matou motociclistas
| Foto: Anderson Coelho / 21-11-2018

ENTENDA O CASO

Após a colisão que resultou na morte de Jean Goulart Camargo e de Eliede Santos Oliveira, Daiane Cristina Freire foi presa sob a acusação de homicídio com dolo eventual. Um laudo do Instituto de Criminalística feito a partir de imagens de câmera de segurança apontou que a motorista dirigia a 82 km/h no momento da batida. A velocidade máxima permitida no local é de 60 km/h.

As imagens da câmera também apontaram que ela ultrapassou o sinal vermelho. Um exame realizado com o etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro, apontou que ela estava alcoolizada. A reportagem tentou contato com a defesa de Daiane Cristina Freire, entretanto, não obteve retorno.