São Paulo - Em boletim divulgado às 18h deste domingo (26), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que subiu para 44 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (24). O órgão também informou que 12 pessoas estão feridas e outras 19 desaparecidas. Ao todo, 13.887 pessoas estão desalojadas e 3.354 desabrigadas.

A maior parte das vítimas foi registrada na região metropolitana de Belo Horizonte: foram 14 vítimas na capital, seis em Betim, cinco em Ibirité e uma em Contagem. Também foram registradas vítimas nas cidades de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Divino, Luisbrugo, Manhaçu, Pedra Bonita, Santa Margarida, Tocantins, Simonésia e Carangola.

Em Belo Horizonte, cinco mortes foram registradas no bairro Jardim Alvorada. Quatro delas eram da mesma família: uma mulher e três crianças. Outras duas as mortes aconteceram na Vila Bernadete, em uma região conhecida como Barreiro, após um deslizamento ter soterrado cinco casas no início da noite desta sexta-feira (24).

Minas Gerais registra o maior índice pluviométrico em um século de medições
Minas Gerais registra o maior índice pluviométrico em um século de medições | Foto: Renato Lied/ Futurapress/ Folhapress

As chuvas também causaram transtornos na capital mineira. A força da água fez bueiros estourarem na Avenida dos Andradas, causando um efeito chafariz. Por baixo do concreto corre o leito do rio das Arrudas.

Em Ibirité, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, quatro pessoas morreram após o deslizamento de uma encosta. Três vítimas foram identificadas pelo Corpo de Bombeiros: uma mulher adulta, um menino de seis anos e um bebê de cerca de seis meses —a mulher era mãe do bebê e foi achada com ele nos braços.

Em Betim, também na Grande BH, um deslizamento atingiu duas casas, matando três adultos e uma criança. Em uma das casas, um homem estava sozinho. Na outra, havia um casal e o filho.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o índice pluviométrico registrado entre 9h desta quinta-feira (23) e 9h desta sexta-feira (24) chegou a 178,8 milímetros. É o maior registro na história da capital mineira em um século de medições.