O Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná) pede para que o concurso para a Polícia Civil seja realizado na data prevista, dia 21 de fevereiro. Segundo o investigador Kamil Salmen, presidente do sindicato, desde a década de 1990 o efetivo de policiais civis foi reduzido à metade. "Não tem mais policiais no Paraná. Os que estão trabalhando têm feito uso de remédios controlados pelo excesso de trabalho. Passamos do limite da situação crítica. Os policiais estão se matando, se suicidando, tamanha a pressão que enfrentam", disse Salmen. Ele ressaltou que os policiais têm trabalhado sozinhos nos plantões e acabam morrendo em ocorrências. "Acontece no Paraná inteiro. Precisamos urgente desse concurso. É uma preocupação do MPT-PR, mas o Enem foi feito no Brasil inteiro sem problemas. Se realizado com responsabilidade e obedecendo os protocolos de saúde não tem problema", destacou.

Segundo ele, as 400 vagas previstas não atendem um terço da necessidade. "O que o governo está fazendo já estava previsto e é obrigado a fazer. "Esse governo dá arma e veículo e acha que está ajudando o policial, mas somos seres humanos, pais de família e temos contas para pagar. Não se preocupa com o lado humano do policial. Só quer que a gente bata meta. Não temos assistência médica, acumulamos funções e temos que fazer o atendimento, fazer as investigações, temos que cuidar do preso, dar comida para eles. E o policial também tem que se virar para comer", declarou.