Setor têxtil abrirá 100 mil postos de trabalho
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2000
Por Roseli Loturco
São Paulo, 10 (AE) - O setor têxtil abrirá 100 mil postos de trabalho este ano. É o que afirma Paulo Skaf, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil. O setor, que emprega 1,4 milhão de trabalhadores em todo o País e gerou no ano passado 40 mil novos postos de trabalho, prevê um desempenho positivo para este ano e atribui este desempenho aos bons resultados que a economia nacional deve apresentar.
A notícia é considerada otimista pelo empresário que comparou
na sede da Fiesp, o desempenho do setor têxtil ao de outros setores da indústria nacional. Skaf usou números da Fiesp, que demonstrou que 55.119 mil postos de trabalhos foram fechados até novembro do ano passado na indústria em todo o Estado de São Paulo.
Para o presidente da ABIT, "os preços baixos dos produtos em toda cadeia têxtil (fibras, fios, tecidos, confecções e vestuário) favoreceram o bom desempenho do setor que cresceu 5 6% em dezembro do ano passado, em comparação ao mesmo período de 98". Skaf ressalta ainda a importância do produto na vida das pessoas. "Não se trata de um produto supérfluo. Estamos falando aqui em artigos de primeira necessidade."
Para tanto o setor investiu R$ 1 milhão em uma campanha publicitária que tinha como objetivo a valorização do produto têxtil e esteve no ar (só televisão) de 5 a 23 de dezembro.
A previsão é fechar janeiro com um crescimento de até 6% com relação a janeiro de 99. "Tudo isto, é claro, se o governo fizer a lição de casa.", disse. "Aguardamos as reformas, principalmente a tributária. O Custo Brasil tem que diminuir." Caso sejam cumpridas todas as metas do governo FHC com o FMI, Skaf avalia que o setor têxtil irá fechar 2000 com um superávit comercial (exportações menos importações) de US$ 200 milhões.
O faturamento na indústria têxtil deve crescer em US$ 1 bilhão, tendo fechado o ano passado com uma carteira de US$ 21 bilhões. "Nossas indústrias operam a todo vapor com 85% de sua capacidade total. Isto para janeiro que geralmente é um dos meses mais fracos em vendas do ano, soa bastante positivo", conclui Ska