Servidores públicos estaduais de diversas categorias participaram nesta seta-feira (29) de um ato promovido pelo Fórum de Entidades Sindicais (FES) para cobrar reposição salarial de 35,5% na data-base de maio e rememorar a ação violenta da PM (Polícia Militar) durante protesto no dia 29 de abril de 2015. Na ocasião, 200 pessoas ficaram feridas após a corporação usar bombas, gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta.

Imagem ilustrativa da imagem Servidores públicos do Paraná protestam em Curitiba
| Foto: Elsa Caldeira - Divulgação

Os servidores públicos se reuniram na Praça Santos Andrade e foram em passeata até o Centro Cívico. Na sequência, foram recebidos por representantes do governo estadual.

Na reunião, membros do FES apontaram a representantes da Seap (Secretaria Estadual da Administração e Previdência), da Sefa (Secretaria da Fazenda) e da Casa Civil a defasagem dos salários dos servidores estaduais, que chegaria a 36% desde janeiro de 2016, e também pediram o destravamento das progressões, engessadas desde 2021.

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No entanto, de acordo com o presidente do Sindipol Aduel, Ronaldo Gaspar, nada de concreto saiu da reunião. “Eles ficaram de levar essas indicações para o governador [Ratinho Júnior, PSD] e nós estamos na expecativa de que, em cerca de uma semana, nós tenhamos um retorno do governo, numa próxima reunião, se avançamos em uma próxima reunião”, diz.

Para Gaspar, a mobilização desta sexta deixou claro ao governo a disposição da categoria em lutar pela concessão do reajuste na data-base. “Os servidores públicos saíram daquele momento de letargia do período da pandemia e agora, presencialmente, estão retomando a sua mobilização sindical. E, sem dúvida, nós não vamos arredar pé. A pauta dos servidores tem que ser tratada pelo governo, uma proposta tem que vir, e o mês de maio será importante para demonstração de força dos servidores”, adianta.

O presidente da Assuel (sindicato dos servidores técnicos da UEL), Marcelo Seabra, considera que a mobilização deste 29 de abril surpreendeu positivamente, após um largo período sem nenhuma manifestação devido à pandemia do novo coronavírus. "O número de pessoas que participaram foi bastante expressivo e a gente acredita que a tendência é de que as categorias se envolvam cada vez mais nessa luta", diz.

O líder sindical afirma que a postura do governo em mesa de negociação será levada para os servidores públicos e novos atos serão propostos “caso o governo do Estado permaneça com a sua postura de intransigência, de não negociar”.

Em nota, a Seap elencou os assuntos tratados na reunião: reposição salarial; desconto previdenciário de aposentados; revogação do artigo 37 da Lei de Diretrizes Orçamentárias; e possibilidade de não anotação de falta do dia de hoje - e informou que a pasta e a Casa Civil de Ratinho Júnior "darão continuidade nos processos solicitados, seguindo todos os trâmites necessários e prezando sempre por uma linha clara e eficiente de comunicação entre a Secretaria e o FES. (Matéria atualizada às 19h30)

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