Londrina - Os servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiram ontem entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 11. A decisão foi tomada em assembleia que reuniu cerca de 500 pessoas no campus da instituição. A paralisação será realizada em conjunto com os servidores das universidades estaduais de Maringá, Ponta Grossa e Guarapuava. Os funcionários do HU também devem cruzar os braços.
A categoria reivindica aumento salarial e um novo plano de progressão de carreira. No entanto, a proposta apresentada pelo governo na reunião do início desta semana prevê o aumento salarial, mas não avança na criação de um plano de cargos e salários para os servidores.
''Esse percentual de aumento que o governo propôs está de acordo com o que nós queremos, mas ele não pode concedê-lo porque a legislação exige a criação do plano de progressão de carreira primeiro'', explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel- Sindicato), Marcelo Seabra.
O percentual proposto pelo governo foi de 6% para quem ganha mais, 20% para a categoria intermediária e 35% para os servidores que ganham menos.
O secretário geral da Assuel, Adão Brasilino, afirmou que há um ano e meio o governo vem prometendo a criação de um novo plano de progressão de carreira, mas não cumpriu o acordo. ''Antes as negociações do governo eram realizadas com os técnicos e com os docentes. No entanto, depois que o governo resolveu a questão dos docentes, as reivindicações dos técnicos ficaram em segundo plano'', afirmou.
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não recebeu nenhum comunicado oficial dos servidores sobre a greve e que vai entregar o projeto de criação do novo plano de cargos e salários até 30 de setembro.
UTFPR
As aulas do campus londrinense da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) serão retomada na próxima segunda-feira. Segundo o professor de Tecnologia de Alimentos Cláudio Ueno, o acerto do calendário só será possível no meio do ano de 2014. As aulas vão até o final de dezembro. ''Em janeiro realizaremos uma pausa de duas semanas e depois retomamos as aulas para tentarmos fechar o ano letivo até o final de março'', afirmou. Ueno garantiu que os conteúdos não serão prejudicados.
Hoje, às 14 horas, os professores da UTFPR fazem assembleia em Curitiba para discutir os rumos da paralisação.
UFPR
Já os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram ontem, em assembleia realizada no Centro Politécnico da instituição, em Curitiba, pela continuidade da greve.
Conforme a Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), o placar da assembleia foi apertado - 238 votaram pela continuidade da greve e 227 contra.
A paralisação passa dos cem dias e já é mais longa da história da instituição. ''Foi decidido pela manutenção da paralisação, agora vamos aguardar o encaminhamento que será dado pelo Comando Nacional de Greve. Outras assembleias pelo País vão acontecer até esta quinta (hoje) para verificarmos qual será o posicionamento dos demais docentes que estão mobilizados'', afirmou o professor e presidente da APUFPR, Luiz Allan Kunzle.