Os servidores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aprovaram em duas assembleias realizadas nesta sexta-feira (29) o início da greve a partir de terça-feira (3). Assim como os professores da rede estadual de ensino e docentes da UEL e Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná), os funcionários públicos também lutam contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 16/2019, que prevê a alteração dos artigos 35 e 129 da Constituição do Estado e estabelece mudanças nas regras de funcionamento para a Previdência Social. As assembleias foram realizadas no campus da UEL e no HU (Hospital Universitário) pela Assuel (Sindicato dos Técnico-administrativos da UEL).

Imagem ilustrativa da imagem Servidores da UEL aprovam início da greve
| Foto: Ricardo Chicarelli/Arquivo FOLHA

Além da aprovação do início da greve, o presidente do sindicato Arnaldo Mello apresentou que será feita uma caravana para Curitiba para que os servidores possam participar do ato marcado em Curitiba na terça-feira. "Vamos sair de Londrina às 23h50 para participarmos do protesto na capital e retornaremos no final da tarde. Na quarta-feira (4), faremos uma nova assembleia para avaliação do movimento. Será deliberada a assembleia permanente, ou seja, todos os dias poderemos chamar os funcionários", esclareceu.

Ainda segundo Mello, mais de cem pessoas estiveram presentes na assembleia da manhã de sexta. "Há muito tempo não via o pessoal tão revoltado. São quatro anos sem reposição do salário. Nosso prejuízo está chegando a 20% sem contar a alíquota que querem aumentar para 14% de desconto na folha de pagamento. O pessoal está muito indignado. Estamos em uma luta ferrenha, pois está passando um rolo compressor em nós que somos funcionários públicos. E a sociedade precisa entender que não vive sem serviço público de qualidade. Acham que ganhamos bem e temos regalias, mas não é verdade. Mesmo se não formos remunerados, de acordo com a lei, temos que atender a sociedade", declarou.

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Sobre o funcionamento do HU, o presidente da Assuel deixou claro que serviços essenciais não podem sofrer alterações. "Respeitamos tudo que exige a lei. Faremos um revezamento, mas não deixaremos ninguém sem atendimento", ressaltou.

DOCENTES

Os docentes da UEL e da Uenp aprovaram o início da greve a partir de segunda-feira (2) após os professores da rede estadual de ensino. "O objetivo principal é rejeitarmos a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo do Estado e nos somarmos às outras categorias para fortalecer a luta neste sentido", afirmou Ronaldo Gaspar, presidente do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região) na última terça-feira (26).

Professores da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), campus Apucarana, também associados ao Sindiprol, não aprovaram o indicativo de greve, mas uma moção de repúdio ao governo Ratinho Junior pelo fechamento de turmas do período noturno estadual.