Brasília, 26 (AE) - O agente administrativo da Polícia Federal Eder Douglas Macedo matou ontem (25) à noite duas pessoas no aeroporto internacional de Brasília. Macedo atirou em seu cunhado Carlos Alberto Alves, de 53 anos, e seu filho Carlos Daniel Alves, de 25 anos, que chegavam de São Paulo. O motivo do crime, segundo informou a polícia, foi briga familiar. Macedo não resistiu à prisão em flagrante e foi levado ao Núcleo de Custódia da Polícia Federal, onde ficará preso até a conclusão do inquérito, prevista para dez dias.
Macedo estava esperando o vôo da Rio Sul procedente de São Paulo no saguão. No avião estavam sua irmã Rosemeire Santana Macedo, casada com Carlos Alberto, e Carlos Daniel. Os três desembarcaram às 22h40. Macedo abordou Carlos Daniel e em seguida disparou cinco tiros com uma pistola Glock 380, acertando as vítimas no peito. Houve tumulto no saguão de desembarque e as pessoas se jogaram no chão para se proteger dos tiros.
O desentendimento na família, que resultou na morte de pai e filho, começou há cerca de um mês, quando Macedo visitou a irmã em São Paulo e discutiu com o enteado dela Carlos Daniel. O motivo da briga era um romance entre Carlos Daniel e uma sobrinha de Macedo. Segundo a polícia, Macedo não concordava com o romance porque sua sobrinha já tinha um outro namorado em Brasília.
Na noite de sexta-feira, a família vinha de São Paulo para uma festa de formatura, hoje em Brasília, quando foi surpreendida por Macedo. Acompanhado pelo namorado da sobrinha, Macedo queria armar o flagrante, já que sua sobrinha estava no aeroporto à espera de Carlos Daniel.
De acordo com informações da polícia, Macedo teria dito que atirou nos dois porque pensou que Carlos Alberto estivesse armado. Segundo os investigadores da 10°. DP , que registrou a ocorrência , Macedo já esteve envolvido em um caso de homicídio durante assalto e alegou ter agido em legítima defesa. Mesmo sendo portador de deficiência física - usa cadeira de rodas -, Macedo acertou os cinco tiros que disparou.