Localizada a poucos quilômetros da divisa com São Paulo, Sertaneja tem poucos mais de 5 mil habitantes. É uma típica cidade do interior: pacata e sem alterações substanciais na rotina dos moradores. Pelo menos uma coisa não tem mais surpreendido os especialistas na área da educação nos últimos anos: o crescimento no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as séries iniciais do ensino fundamental.

Segundo o indicador mais recente, de 2019, Sertaneja figura com 8.1 de avaliação, a melhor entre todos os municípios do Norte e Norte Pioneiro e a quinta no Paraná, perdendo apenas para Janiópolis (1º), Serranópolis do Iguaçu (2º), Atalaia (3º) e Boa Esperança (4º). Nem uma leve queda em comparação ao teste aplicado em 2017, quando a nota foi 8.2, fez com que o posto fosse perdido.

É também o resultado mais positivo entre as 19 cidades que integram o Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio. De acordo com a secretária de Educação de Sertaneja, Josiane Geremias Maganha, o resultado é "fruto de um trabalho em conjunto entre estudantes e professores". "Não esperamos o Ideb para perceber nossos principais problemas. Trabalhamos quais habilidades em matemática e em língua portuguesa, que são objeto de análise do exame do governo federal, precisam ser aprimoradas", relata.

Josiane considera que Sertaneja passou por uma "mudança de mentalidade". Segundo ela, diagnósticos são aplicados rotineiramente para identificar as dificuldades no aprendizado logo no início. "É um planejamento mensal. Em uma prova de geometria, por exemplo, vemos o percentual de acerto e erro. Conseguimos correr atrás do que precisa ser melhorado ainda no começo", explica.

A rede municipal de ensino é composta por cerca de 700 alunos, sete escolas, sendo três centros municipais de educação infantil, três de ensino fundamental e uma de atendimento especializado.

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