A enfermeira e coordenadora da imunização da 17ª Regional de Saúde de Londrina, Gisele Negrão Paes de Carvalho, informa que a Secretaria Estadual de Saúde realizou uma projeção apontando que o número de casos confirmados pode aumentar até 5 mil casos até o fim deste ano se não houver uma interrupção dessa cadeia por meio da cobertura vacinal. “O sarampo é uma infecção viral aguda altamente contagiosa, transmitida por via aérea”, destacou. Ela pode ser propagada através da fala, espirro, tosse e respiração e pode acometer todas as faixas etárias. “As crianças menores de cinco anos foram incluídas na campanha do ano passado. A campanha de agora está focando na faixa etária de 20 a 29, porque é a que mais tem sido acometida pela doença. As pessoas que estão nessa faixa de idade precisam tomar uma dose extra durante a campanha deste mês, mesmo que já tenham recebido duas doses da vacina”, destacou Carvalho.

A coordenadora da imunização ressalta que a área da 17ª Regional de Saúde de Londrina, que compreende 21 municípios, está com cobertura vacinal abaixo da recomendada pelo Ministério da Saúde. “O Ministério da Saúde preconiza uma cobertura vacinal ideal de 95% da população e na nossa área esse índice está em 88,7%”, destacou. Segundo ela, esse número ruim reflete a baixa aderência da população às campanhas de vacinação. “A população tem um pouco de receio com as notícias falsas que têm recebido. Dos 21 municípios de nossa área, sete estão com a cobertura vacinal abaixo do percentual preconizado pelo Ministério da Saúde. Não tem justificativa para ter essa diferença”, declarou.

Segundo ela, se a campanha não atingir 95% do público-alvo, a cadeia de transmissão da doença vai continuar. “Essa vacinação tem que ser homogênea em todas as faixas etárias para conseguir barrar a transmissão. Não adianta fazer campanha e atingir um grupo e outro continuar sem receber a imunização. Por isso a vacinação ampliada é a única solução no momento para interromper essa cadeia de transmissão”, aponta.