Os professores universitários do Paraná devem convocar novas assembleias unificadas nos próximos dias. A categoria cobra a apresentação do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários) por parte do governo do Estado, o que ainda não aconteceu.

Em nota divulgada na última sexta-feira (1°), o CEG (Comando Estadual de Greve) aponta que se passaram três meses desde que “os reitores e o governo acordaram a tramitação das mudanças do Plano de Carreira Docente”. Essa foi uma saída encontrada para recompor parcialmente os salários dos professores, defasados em razão do acúmulo da data-base.

O texto ainda aponta que a suspensão da greve estadual foi colocada como necessária para a tramitação do PCCS e que, em julho, a Casa Civil pediu até o final de agosto para colocar a contraproposta na mesa.

Essa informação foi repassada à FOLHA em nota no dia 17 de agosto pela Seti (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), quando afirmou que a administração estava “analisando a possibilidade de atualização da carreira docente e pretende apresentar uma proposta até o final deste mês de agosto”. Questionada novamente no dia 29, a pasta encaminhou o mesmo posicionamento.

A movimentação mais recente foi uma reunião com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, que ocorreria nesta segunda-feira (4), mas, de acordo com o CEG, foi desmarcada "com a alegação de que ainda não teria sido finalizada a contraproposta".

Frente a esse cenário, o Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Docentes da UEL) realiza assembleia na quarta-feira (6). A tendência é que o mesmo ocorra nas outras universidades, de forma simultânea.

O presidente do Sindiprol/Aduel, Cesar Bessa, afirmou à FOLHA que “fica uma frustração muito grande” com a falta de resposta, uma vez que o governo do Estado “se prontificou a apresentar uma contraproposta ao PCCS”. A versão que foi encaminhada para a administração foi elaborada pela Apiesp (Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público).

“Nós não temos nada por parte do governo em termos de resposta oficial”, citando que o documento estava na Casa Civil e foi para a Procuradoria-Geral do Estado. “Estamos que seja anunciada a proposição do plano o mais rápido possível.”

Bessa também ressaltou que não está descartado um retorno à greve. Se não houver novidades, o que pode ocorrer é a definição de um indicativo nesta semana e, em assembleia posterior, a deflagração do movimento.

Procurada pela reportagem, a Seti afirmou, em nota, que “o governo do Estado, por meio da Casa Civil e da Secretaria da Administração e da Previdência (Seap), está finalizando uma proposta para apresentação da atualização da carreira docente do ensino superior público”.

(Atualizado às 16h30)