São Paulo - A prefeitura de São Paulo negociou com motoristas de aplicativos nesta terça-feira (9) mais uma brecha nas novas regras para o setor. A norma que antes vetava carros de aplicativos na cidade com mais de cinco anos foi flexibilizada e agora permitirá que os veículos do serviço tenham até sete anos. A flexibilização para sete anos só ocorrerá para os motoristas cadastrados nos aplicativos até julho de 2017, mês em que foram publicadas as regras que passarão a valer a partir desta quarta-feira (10).
Para todos os motoristas cadastrados a partir de então, vale o limite de cinco anos de fabricação dos veículos. Desde a última semana, motoristas e os próprios aplicativos aumentaram campanha para relaxar o texto original. Pelas novas regras, motoristas terão que fazer cursos preparatórios, obedecer regras de etiqueta e até de vestimenta e submeter seus veículos a uma inspeção nos aplicativos em que trabalham. Na última semana, a pressão sobre a prefeitura já havia surtido efeito e a gestão passou a autorizar que o curso preparatório dos motoristas fosse inteiramente virtual (antes, parte dele deveria ser presencial).
Além disso, a prefeitura estendeu o prazo para que os aplicativos inspecionassem a condição de segurança e higiene dos veículos. A flexibilização sobre a idade dos carros, decidida nesta terça (9) foi tomada após uma reunião entre representantes dos motoristas da categoria e o chefe de gabinete de Jogão Doria, Wilson Pedroso, o secretário adjunto de transportes Irineu Gnecco Filho e o prefeito regional de Pinheiros, Paulo Matias. Os motoristas chegaram a pedir que que a idade máxima dos carros fosse estendida até dez anos, como ocorre com táxis e vans escolares. A prefeitura, porém, sustenta que estes veículos há anos já passam por uma inspeção muito mais rigorosa do que a exigida dos veículos de aplicativos.
Outro ponto que a prefeitura permitiu foi a adoção de um identificação visual removível dos aplicativos para os quais o veículo trabalha. Motoristas reclamaram para a prefeitura que, por questões de segurança, preferiam trabalhar em locais perigosos da cidade sem a identificação de seus aplicativos. A prefeitura então autorizou que essa sinalização possa ser removível, com o uso de uma pequena placa fixada com ventosa no para-brisa, por exemplo.