Com as portas abertas graças a uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), as igrejas puderam receber os fiéis presencialmente para cultos e missas em todo o País. Em Londrina, o movimento no Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, foi considerado normal para as limitações da pandemia da Covid-19. O pároco do tempo, o padre Rodolfo Trisltz, afirma que as celebrações ocorreram com muita tranquilidade. “As pessoas estão muito conscientes e respeitam completamente as regras, o que facilita muito os trabalhos”, disse à FOLHA.

Imagem ilustrativa da imagem Santuário cria estrutura para receber fiéis para as missas da Páscoa
| Foto: Sergio Ranalli

As missas do período da manhã foram mais concorridas, o que é comum acontecer na Páscoa. Atualmente, o Santuário recebe apenas 70 pessoas no interior da igreja, o que faz com que algumas pessoas que queiram estar mais próximas ao altar cheguem até com uma hora de antecedência. “Em tempos normais, poderíamos receber até 600 pessoas somente dentro da igreja. Conseguimos aumentar nossa capacidade porque preparamos o pátio e o salão externos com telões, o que praticamente triplicou a capacidade dentro das regras. Montamos altares nessas áreas com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e flores”, relatou. Nas áreas externas, é possível receber mais 150 pessoas com segurança.

O padre Rodolfo Trisltz diz ter dificuldade de expressar sua opinião sobre a abertura, visto a gravidade do momento. “Nosso papel é levar o conforto espiritual. As pessoas já encontram tanto problema no trabalho, nos ônibus lotados porque precisam ganhar o pão. Todos estão mais tensos”, definiu. O religioso lembra que os sacramentos permitidos no momento ajudam a aliviar a pressão sobre os indivíduos. “Podemos oferecer a missa e a confissão. Uma oferece o conforto da ceia eucarística e a outra é um momento de reconciliação espiritual”, explicou.

A decisão do ministro do STF determinou no sábado (3) que os estados e os municípios não podem editar normas de combate à pandemia que proíbam a realização de celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas. A decisão, porém, estabelece algumas limitações, como o número de fiéis atingindo no máximo 25% da capacidade. As igrejas devem fazer o distanciamento social, com espaçamento entre assentos, além de exigir o uso obrigatório de máscaras, disponibilizar álcool em gel na entrada dos templos e aferir a temperatura. A decisão foi criticada por outros ministros e deve ser discutida ainda nesta semana.

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